10 de outubro de 2024

Projeto eleitoreiro de Pedro Caravina se transforma em depósito de lixo e dá mais de R$ 10 milhões de prejuízos a Bataguassu

Promessa do hoje chefão da Governadoria era de entregar Parque Aquático Guassu até o final de seu mandato; seu candidato perdeu e, em represália, a obra foi paralisada

Na maquete, não se pode negar: o prometido Parque Aquático Gassu, de Bataguassu, lançado com festa pela administração do ex-prefeito Pedro Arley Caravina (PSDB), era mesmo coisa de primeiro mundo e para fazer arregalar os olhos das famílias bataguassuenses que ainda hoje sonham com uma área de lazer que possam frequentar com conforto e segurança.

Obra avaliada à época em que foi lançada em R$ 5.435.650,81, o parque aquático se transformou em sucata e suas instalações num autêntico depósito de lixo a céu aberto. Na atualidade, corrigida a avaliação inicial pelos índices que medem a economia brasileira, a megalomania “caravinesca” resultou um prejuízo de mais de R$ 10.000.000,00 aos cofres municipais de Bataguassu.

Abandonado pela empreiteira, tão logo terminou o mandato de Caravina, o canteiro de obras entrou em processo de deterioração, o que levou a atual administração municipal a solicitar a elaboração de um laudo técnico com a finalidade de obter uma análise mais aprofundada sobre quais as condições em que se encontram as obras.

Sob responsabilidade do engenheiro Carlos Ney de Souza Oliveira, a inspeção gerou o Laudo Técnico 01322 que mostra claramente como a administração de Pedro Caravina torrou milhões de reais do contribuinte bataguassuense sem finalizar o parque que ele anunciou como sendo “mais uma obra emblemática que será entregue à população pela nossa administração”.

O laudo constatou que nos 4,5 hectares de área adquirida com dinheiro do contribuinte junto à margem do Córrego Guassu, que cede nome ao parque, foram levantados 1.435,30 metros quadrados na área reservada às piscinas, mais 4.473,11 metros quadrados em estruturas entre concreto e metálica.

Confira a íntegra do Laudo Técnico aqui

As piscinas se tornaram depósitos de larvas do mosquito da dengue e as estruturas metálicas, de péssimo acabamento, estão sendo corroídas pelo ação do tempo e do abandono.

Mas, isso não é o pior na pior das contratações de obras executadas pela administração do ex-prefeito Caravina.

O laudo emitido em uma inspeção realizada ainda no ano passado, mostra a baixa qualidade dos produtos utilizados pela empreiteira que venceu o processo licitatório e deixa patente o risco que correriam as famílias bataguassuenses e os turistas se o parque aquático tivesse sido concluído e entregue pelo ex-prefeito, como foi prometido durante a campanha eleitoral que foi vencida pelo candidato da oposição, o hoje prefeito Akira Otsubo (MDB).

Foram vistoriadas e devidamente fotografadas, as áreas de vestiários masculinos e femininos, sanitários, portarias, quiosques, piscinas, salão de jogos e restaurantes, todas apresentando problemas estruturais que comprometem a obra como um todo e que, se concluída no mesmo sistema que a obra foi iniciada, colocariam em risco a vida de quem frequentasse o local.

Os riscos, num empreendimento do porte do Parque Guassu, são classificados em três, sendo o mais elevado o Risco Crítico, com impactos irrecuperáveis; o Risco Regular, com impactos parcialmente possíveis de serem recuperados, e o Risco Mínimo, que permite a recuperação sem outros riscos para os frequentadores e para a própria estrutura da obra.

De acordo com o laudo assinado pelo engenheiro responsável pela análise técnica, algumas falhas estruturais podem ser recuperadas, porém, um grande número de falhas estruturais afetam setores importantes do parque e terão que ser totalmente reconstruídas.  

CONCLUSÃO – Somadas as anomalias críticas às regulares e mínimas, a classificação final apontada pela análise técnica é de que os riscos são médios, os quais, porém, darão à obra um aspecto de reforma em um projeto novo, causando automaticamente a desvalorização do empreendimento.

À época da emissão do laudo, os técnicos frisaram a importância de se iniciar uma intervenção imediata, retomando a execução da obra para sanar os problemas apontados no laudo de inspeção, a fim de evitar a progressão das anomalias.

No entanto, a obra não pode ser retomada porque os recursos destinados à sua execução foram todos consumidos no projeto inacabado e a municipalidade não tem de onde tirar dinheiro para refazer o que foi malo feito e concluir o que não foi feito, apesar da montanha de dinheiro que a administração de Pedro Caravina despejou às margens do Córrego Guassu.

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