Senador Nelson Trad Filho é o entrevistado desta terça-feira no programa A Bronca do Eli
No programa desta terça-feira (10) o jornalista Eli Sousa recebeu o senador e presidente do PSD, Nelson Trad Filho. O programa foi iniciado com um tema polêmico: impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por suposto crime de responsabilidade. O senador afirma que assinou o pedido e entende que nenhum extremo é positivo e que a liberdade de expressão deve ser preservada.
“Eu entendo que excesso não leva a lugar nenhum. Agora existe todo um processo a ser respeitado, do rito desta situação que precisa ser considerada. O presidente do Congresso deverá receber essas assinaturas e mais as dos deputados e da população, mais de um milhão já assinaram, então, muitas emoções pela frente, por enquanto o primeiro passo foi dado” pontua o senador.
Eli Sousa perguntou ao senador sobre as verbas que ele conseguiu até o momento para Mato Grosso do Sul. Nelsinho afirmou que o valor passa a casa dos dois bilhões de reais distribuídos entre os 79 municípios, o próprio governo do estado e entidades. Para a capital, o senador afirma que conseguiu quase quinhentos milhões de reais fruto de parcerias e do trabalho de sua equipe.
“A gente tem procurado promover aquilo que quando eu era prefeito sentia falta, os recursos federais têm que chegar na ponta e a gente tem feito isso”, afirma.
O jornalista questionou o senador sobre a motivação de seu partido apoiar o candidato a prefeitura de Campo Grande, Beto Pereira. Nelsinho, afirmou que houve uma afinidade de ideologia, uma parceria que foi desenvolvida ao longo de várias eleições e que não houve nada que mudasse o trajeto natural desse caminho.
“A gente entendeu que a candidatura do Beto é uma candidatura competitiva, é uma candidatura que poderá ao final do processo eleitoral poderá prosperar com a eleição dele de prefeito e em função disso fomos o primeiro partido a declarar apoio ao Beto Pereira,” enfatiza.
Segundo Nelson Trad Filho Campo Grande precisa da união daqueles que bem administraram a cidade e fazer com que o candidato apoiado possa ser vitorioso e em função deste resultado ajudá-lo a vencer as dificuldades que são muitas. Nelsinho, relembrou que ao final de sua gestão como prefeito que Campo Grande era conhecida como a “capital sem favelas” e hoje há a falta de política habitacional, falta de cuidado, projetos que foram iniciados e não foram terminados.
“Ninguém faz nada sozinho. Pegamos um momento bom do Brasil, os recursos vinham, a gente tinha uma equipe muito competente, comprometida, leal, sabia fazer os projetos para buscar em Brasília. Acabou que a gente recebeu a prefeitura em bom estado, com as contas bem organizadas que veio da época do André (Puccinelli). Eu digo a você, eu não tinha nenhuma conta para pagar quando eu entrei, o salário estava em dia, fornecedor recebendo em dia. O que eu fiz? Eu dei sequência à gestão e procurei superar ele”.
Sobre uma possível candidatura ao governo do estado em 2026, Nelsinho, enfatizou que é preciso sair deste processo eleitoral com a cabeça erguida mesmo que os resultados não sejam os esperados e que na política é preciso saber ganhar e principalmente saber perder.
“A gente vai se reorganizar a partir do ano que vem, olhar onde falhou porque a gente é humano a gente falha e procurar corrigir os erros para poder estar preparado para o processo de 2026. Muita água há de correr por debaixo dessa ponte”, destaca.
Eli Sousa questionou o senador sobre uma avaliação do governador Eduardo Riedel. Nelsinho reconheceu a humildade como ponto forte
“O Riedel pegou um estado arrumado, um estado com dinheiro em caixa, pronto, obras definidas, várias empresas interessadas em vir pra cá. Qual a maior virtude do Riedel? O Riedel e um cara que ele é humilde por natureza. Extremamente preparado. Ele veio da gestão. Em volta dele tem aquela energia de harmonia. Por mais que o cara não goste do PSDB com o Riedel ninguém tem nada contra ele porque ele sabe admitir a divergência. Ele traz para ele a divergência, ele conversa, explica e mesmo que o cara sai não concordando sai admirando ele. Então essa energia em volta do governante é muito importante para as coisas darem certo e eu sinto isso no governador Riedel muito forte”, enfatiza o senador.
Nelson Trad Filho afirmou que está feliz em Brasília, que está produzindo bastante e que é satisfatório conseguir verbas para Mato Grosso do Sul. O senador avalia que houve muitas melhorias especialmente em Rochedo, Corguinho e Rio Negro. Ele acredita que a nova safra de prefeitos do estado são bem avaliados e que esse resultado é reflexo da gestão municipalista do governo que investe nos municípios.
Referente a um segundo turno, Nelsinho percebe que os indicadores apontam para esta realidade e observa que em votos válidos nenhum candidato conseguiu mais do que 45% e reafirmou seu apoio em Beto Pereira.
“Eu estou apostando no Beto. Pra mim se ele for para o segundo turno a missão do primeiro turno foi cumprida e o segundo turno é outra eleição. Mais capacidade de ouvir, andar mais pela cidade, extrair o resultado do primeiro turno. No primeiro turno você estuda o resultado da urna e no segundo coloca esse estudo para funcionar”, evidencia.
Sobre sua gestão como senador, Nelsinho se considera municipalista, já que durante sua gestão como prefeito sentiu as dificuldades em ser recebido por um senador em Brasília. Hoje com a mudança de papéis ele atende bem a todos que o buscam melhorias.
“Quando você era recebido por um senador era uma glória. Então, eu imagino que esse que está indo atrás de mim era o que eu fui lá atrás. Eu mando a assessora ficar lá em baixo esperando, pega pela mão, bota o crachá e sobe. Pergunte a qualquer um que vier aqui e que foi ao gabinete do senador Nelsinho Trad em Brasília e pergunte como foi recebido porque esse é o mínimo que se pode fazer”, finalizou o senador.
Você pode assistir o aqui o programa na íntegra!
Redação: Impacto Mais – Mirtes Ramos
Fotos: Jussara da Rádio
