Veja a programação completa de cada dia da Flip, que começa nesta quarta
Evento de Paraty aproxima autores internacionais e brasileiros e foge dos nomes óbvios para iluminar literatura das margens
O escritor cubano Marcial Gala, convidado da Flip 2023 – Divulgação
WALTER PORTO
FOLHA DE S.PAULO
SÃO PAULO – A Flip, Festa Literária Internacional de Paraty, começa nesta quarta-feira (22) e se estende até domingo. A edição deste ano abandona nomes chamativos, como Toni Morrison e Neil Gaiman, para apostar em autores em ascensão, como a equatoriana Mónica Ojeda e a americana Christina Sharpe.
A maioria das mesas aproxima um nome internacional a um brasileiro, como a que reúne a pesquisadora americana Christina Sharpe à dramaturga e ensaísta Leda Maria Martins; a que aproxima Akwaeke Emezi, da Nigéria, à professora Carla Akotirene; e a que une as poetas Dionne Brand e Angélica Freitas.
Gala, autor do elogiado “Me Chama de Cassandra”, divide a mesa com a paulista Luiza Romão, que também mobiliza temas da literatura clássica em textos bem contemporâneos. Já Schneck, de “Dezessete Anos”, dialoga com a britânica Monique Roffey, que também não havia sido anunciada.
A escritora equatoriana Mónica Ojeda, autora de ‘Mandíbula’ Gianella Silva/Divulgação
Outra mesa com programação totalmente estrangeira é a que junta a equatoriana Mónica Ojeda e a espanhola Alana Portero, duas autoras em ascensão. A única mesa que, por enquanto, só tem um integrante é a do jornalista Kelefa Sanneh, especialista em música pop.
O abre-alas, com um debate sobre a influência da homenageada Patrícia Galvão, trará o professor americano Kenneth David Jackson e a carioca Adriana Armony, autora do recente “Pagu no Metrô”.
Já a homenagem a Augusto de Campos, que não estará presente na festa, terá apenas brasileiros —os poetas e artistas visuais André Vallias e Ricardo Aleixo e a pesquisadora Simone Homem de Mello.
As novidades não invalidam a impressão inicial de que esta será uma Flip com poucos nomes amplamente reconhecidos, que prioriza apresentar o público a autores que ainda não conhecem e ampliar o enfoque a brasileiros de diversas regiões, como no ano passado.
A curadoria do evento é da editora gaúcha Fernanda Bastos e da professora baiana Milena Britto.
QUARTA, 22.NOV
19h
Mesa 1: ‘A Mulher do Povo’
David Jackson e Adriana Armony
QUINTA, 23.NOV
10h
Mesa 2: ‘Um Teatro, Um Precipício’
Flora Süssekind e Marion Aubert
12h
Mesa 3: ‘Já Não Agia por Minha Conta’
Socorro Acioli, Felipe Charbel e Leda Cartum
15h
Mesa 4: ‘Um Quarto Meio Escuro’
Mónica Ojeda e Alana Portero
17h
Mesa 5: ‘Digamos que Seja a Lua Nova’
Manuel Mutimucuio e Tatiana Pequeno
19h
Mesa 6: ‘As Suas Nebulosidades’
Dionne Brand e Angélica Freitas
20h45
Mesa 7: ‘Lembranças de Todas as Coisas Ocorridas’
Sinéad Gleeson e Natalia Timerman
SEXTA, 24.NOV
10h
Mesa 8: ‘Uma Prisão Mortal’
Joice Berth, Denise Carrascosa e Manuela d’Ávila
12h
Mesa 9: ‘Bate Ainda o Coração da Cidade Devastada’
Marcial Gala e Luiza Romão
15h
Mesa 10: ‘Terra de Fumaça Descoberta pela Guerra de Nossos Dias’
Ilya Kaminsky, Bruna Beber e Jorge Augusto
17h
Mesa 11: ‘Contra a Mentalidade Decadente’
Akwaeke Emezi e Carla Akotirene
19h
Mesa 12: ‘As Suas Nervuras’
Laura Wittner, Eliane Marques e Lubi Prates
20h45
Mesa 13: ‘Venha com um Nome de Família’
Nora Krug e José Henrique Bortoluci
SÁBADO, 25.NOV
10h
Mesa 14: ‘Alguém Telegrafa para o Mundo Pedindo Atenção’
Gustavo Caboco, Marília Garcia e Maria Dolores Rodriguez
12h
Mesa 15: ‘Sou um Canal’
André Vallias, Ricardo Aleixo e Simone Homem de Mello
15h
Mesa 16: ‘O Meu Primeiro Amor que Acabou com o Segundo’
Kelefa Sanneh
17h
Mesa 17: ‘Os Passarinhos se Escondem dos Homens’
Monique Roffey e Colombe Schneck
19h
Mesa 18: ‘Vocês Servirão de Lenha para a Fogueira Transformadora’
Christina Sharpe e Leda Maria Martins
DOMINGO, 26.NOV
10h
Mesa 19 (Zé Kleber): ‘Só Então Pude Falar’
Itamar Vieira Junior, Miriam Esposito e Glicéria Tupinambá
12h
Mesa 20: ‘Livro de Cabeceira’