Deputados da ALEMS debatem possíveis inconsistências em contratos da Cassems
Christiane Mesquita
A Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul (Cassems) foi novamente assunto em plenário. Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) debateram possíveis irregularidades nos contratos da entidade nesta terça-feira (12), durante a sessão ordinária.
Na tribuna, o deputado João Henrique (PL) abordou o tema. “Essa Casa de Leis deve tomar providência. Trago aqui um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito [CPI], para que promovamos uma investigação dos contratos na sede. Uma das ilegalidades é a contratação com a empresa Suda Odonto”, revelou.
João Henrique explica que o único órgão fiscalizador dos contratos é a Agência Nacional de Saúde (ANS). “No âmbito do espectro de saúde, há ilegalidades realizadas pela empresa Suda. E essa empresa foi quem determinou que corresse de Mato Grosso do Sul, pois a mesma deu prejuízo à cidade de Maringá, e está colocando em risco a saúde de Mato Grosso do Sul”, concluiu João Henrique.
“Devido ao contrato que apresenta anormalidades econômicas e financeiros, eu apresento um pedido de instauração de uma CPI para que seja feita a investigação séria e parlamentar para que possamos conhecer quais são as graves irregularidades econômico-financeira e administrativa que colocam em risco o atendimento à Saúde aos servidores”, concluiu.
O deputado Pedro Kemp (PT) falou sobre o contrato feito com a empresa Suda Odonto. “Eu tive o cuidado de ter acesso aos contratos, espero que a verdade seja restabelecida. Nós precisamos tomar muito cuidado, e meu interesse é defender o plano de saúde público. Eram RS 22.90 por pessoa, e um aditivo feito ao contrato traz que esse mesmo valor aumentado em R$ 6, de maio a outubro de 2023, sendo então o desconto será de R$ 26,90; já o valor da mensalidade é de R$ 16, diferente do valor que vossa excelência nos apresentou semana passada”, relatou.
O deputado Rafael Tavares (PRTB) destacou que os requerimentos de sua autoria enviados à Cassems ainda não foram respondidos. “O presidente da entidade disse que responderia todos os ofícios e requerimentos enviados, já enviei cinco ou seis, e não obtive resposta”, informou.
O deputado Neno Razuk (PL) reiterou o pedido de transparência nos atos da Cassems. “Estamos pedindo transparência, e o senhor, deputado Pedro Kemp [PT], teve acesso aos documentos. É necessário que algo seja feito por essa Casa de Leis, que tenhamos respostas”, disse.
O deputado Zé Teixeira (PSDB) considera o plenário o lugar exato para debater ideias, mesmo que divergentes. “Eu não tenho contrato, nem acesso, eu converso e peço para o presidente da Cassems cumprir o dever dele de informar a sociedade sobre o que é contratado lá. A conta que vossa excelência de contrato de R$ 1,4bi é divergente do que foi informado por Ricardo Ayache a mim, por telefone”, ressaltou.
O deputado Junior Mochi (MDB) informou que também tem a cópia do referido contrato com a Suda Odonto. “Tive a oportunidade de solicitar ao presidente da Cassems, Ricardo Ayache, e recebi cópia desse contrato. O ponto importante é que a Cassems tem um Conselho Fiscal que tem a responsabilidade e competência de fiscalizar os atos do presidente da Cassems”, destacou.