22 de dezembro de 2024

Mobilidade urbana ameaçada: queda do imposto do carro popular e oneração do diesel impactam negativamente o setor

Após anunciar subsídio para diminuir os impostos dos carros populares no Brasil, o Governo Federal antecipou a reoneração do diesel em 90 dias. As duas medidas impactam negativamente a mobilidade urbana, segundo Fabio Ferreira, CEO da Empresa 1, centro de inovação em mobilidade urbana. Com mais carros na rua, a há diminuição do uso do transporte público e, consequentemente, trânsitos intensos, baixa qualidade de vida da população, mais acidentes e aumento das emissões de poluição na atmosfera. O combustível mais caro desfavorece a operação dos ônibus e é o passageiro que sente a diferença direto no bolso, já que dos mais de 688,8 mil ônibus no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, pouco mais de 380 veículos são elétricos (dados do E-BUS Radar).

O executivo avalia que os órgãos reguladores poderiam ter mais transparência na operação de bilhetagem para acessar todas as informações necessárias da operação e, assim, avaliar de forma assertiva os subsídios ao setor.

“As decisões beneficiam a classe média e um segmento de empresários específico. O apoio do governo poderia ser investido em subsídio de tarifa de transporte para estudantes, trabalhadores e para a classe social que não tem acesso ao transporte. É primordial o uso eficiente do espaço público, uma vez que as ruas não comportam mais carros e o aumento no preço do diesel onera as passagens”, declara Fábio.

Um olhar para o meio-ambiente

Dados do Ipea indicam que, em média, são necessários 48 carros para transportar a mesma quantidade de pessoas que trafegaria em um ônibus e, ao optar pelo carro, cada pessoa lança 7 vezes mais gás carbônico na atmosfera do que se usasse um coletivo urbano.

Para o executivo, além das questões sociais, que precisam de atenção especial, há também o ponto ambiental: “o país tem potencial para ser protagonista mundial nas iniciativas e soluções contra as mudanças climáticas. Em um momento onde é essencial descarbonizar a economia, seguimos na contramão, medidas como a isenção de imposto incentivam exatamente mais emissão de CO₂ na atmosfera”, acrescenta Fábio.

Sobre a Empresa 1 –  Pioneira do sistema de bilhetagem digital para transporte público no Brasil, a Empresa 1 é um centro de inovação em mobilidade urbana que, desde 1997, vem desenvolvendo tecnologias que agilizam os processos do serviço de transporte público, facilitam a circulação de pessoas pelas cidades e evitam fraudes no setor. A companhia é parte do Grupo Volaris e do coletivo Modaxo pela inovação no transporte de pessoas,  atende mais de 150 cidades no Brasil, no México e na Guatemala, supervisiona 76 datacenters, tem 18 milhões de cartões inteligentes em uso, faz 20 milhões de certificações de crédito por dia e gera 218 milhões de imagens biométricas por mês. A Empresa 1 também é vencedora de dois prêmios da UITP – Associação Internacional do Transporte Público, nas categorias Comprometimento Político (2011) e Inovação Tecnológica (2013). Saiba mais em www.empresa1.com.br.

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