PCDF faz operação em São Paulo e prende golpistas que fingiam ser bancários
Correio Braziliense
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desencadeou uma operação nesta quinta-feira (18/5) e prendeu dois integrantes de um grupo responsável por estelionatos conhecidos como o “golpe do motoboy”. As prisões foram efetuadas em São Paulo.
Segundo as investigações da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), o grupo oriundo da capital paulista estabeleceu uma falsa central telefônica. Os criminosos, então, realizavam ligações para correntistas de instituições financeiras informando sobre supostas compras não reconhecidas com cartões de crédito das vítimas. Os clientes eram orientados a confirmar dados bancários e entregar os cartões e aparelhos telefônicos para supostos funcionários do banco que iriam até sua casa.
Os policiais mapearam ainda outro núcleo do grupo encarregado por viajar o país com o intuito de ir até a casa das vítimas e pegar os cartões bancários. Em seguida, os estelionatários faziam diversas transações financeiras com os cartões.
Atuação
As investigações começaram há cerca de um ano, quando os golpistas subtraíram ao menos R$ 40 mil de uma mulher em Taguatinga. Além dessa vítima, os criminosos fizeram outras vítimas no DF e em outros estados da federação.
Os autores presos, com apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo, faziam parte do grupo responsável pela retirada dos cartões e as investigações prosseguiram buscando alcançar todos os integrantes do grupo.
“Essa modalidade de golpe sofreu uma mutação, na qual os estelionatários têm mantido contato telefônico com as vítimas solicitando a instalação de um aplicativo no celular para averiguar a suposta compra indevida, contudo a partir da instalação dele os golpistas assumem o controle do celular da vítima e realizam as transferências bancárias sem necessidade do cartão. Portanto, caso alguém receba esse tipo de ligação, a recomendação é de que desligue o telefone e faça contato com os canais oficiais da instituição financeira a partir de outro aparelho telefônico”, orienta o delegado-adjunto da 17ª DP, Thiago Boeing.