25 de novembro de 2024

Campo-grandense de apenas 14 anos vai representar MS no Pan-americano de Judô em Lima, no Peru

Uma jovem atleta Campo-grandense está fazendo história no judô nacional e em breve vai representar Mato Grosso do Sul no Campeonato Pan-americano Sub-15 de Judô, em Lima, no Peru.

Linda Ágata da Mata Correa, de apenas 14 anos, nasceu e mora em Campo Grande e promete ser destaque na competição internacional, que acontece entre os dias 11 a 17 de julho.

Por ter se destacado em todos os campeonatos que já participou, Ágata é uma das favoritas do Pan-americano de Lima.

Em 2022 a atleta também venceu o campeonato Brasileiro que a classificou para o Pan-americano do Panamá, mas não pôde participar da competição internacional por falta de patrocínio. Chesta Alves da Mata, mãe de Linda Ágata, explicou que na época a atleta também não recebeu ajuda do Estado, pois ainda não tinha idade para ser assistida pelo programa Bolsa Atleta e por outras ajudas oferecidas em nível nacional.

Agora, graças ao apoio de um empresário de Mato Grosso do Sul, ela conseguiu pagar o boleto de inscrição e, como já completou 14 anos no último dia 8 de junho, poderá se inscrever nos programas de incentivo ao esporte dos governos estadual e federal.

“Nesse momento é que encontramos uma empresa que nos ajudou muito, mas é através das redes sociais que pedimos de forma mais abrangente a esses valores dos campeonatos internacionais, por serem muito caros. Mas, ao certo ela ainda não tem um patrocínio que supra todas as suas necessidades como atleta. O mais importante nesse momento é a busca financeira para esse campeonato de grande porte, o Pan-americano, que será em Lima no Peru, e que está tendo um custeio alto”, afirmou a mãe.

Quem quiser apoiar Ágata e colaborar financeiramente com o custeio da  participação dela no Pan-americano pode entrar em contato com a mãe da atleta pelo telefone 67 9202-9069.

Além de destaque no judô, Ágata é também exemplo de superação e prova de que o esporte é muito benéfico para a saúde. Segundo a mãe, a atleta tem bipolaridade depressiva e o treinamento esportivo a ajudou a controlar a patologia, contribuindo para a redução do uso de medicamentos e dos sintomas.

Mesmo com os desafios, a família segue fazendo o possível para realizar o sonho de Ágata e valorizar o talento nato. Chesta explica que o tamanho da filha é um diferencial e chama atenção durante as copetições. Ágata tem 1,85m de altura e pesa 101 quilos.

A certeza do sucesso no Pan-americano é garantido pela mãe, que conta orgulhosa a curta, mas emocionante trajetória da filha, e pelo treinador, que identificou o talento de Ágata logo nos primeiros treinos da atleta.

Trajetória e rotina

Linda Ágata leva uma vida comum, como qualquer outra adolescente da sua idade, dividindo o tempo entre os treinos de judô e as atividades escolares. Atualmente ela estuda no período vespertino e treina à noite.

Mas a história de sucesso no judô começou recentemente e de forma despretensiosa. Segundo a mãe, Ágata já praticou balé, taekwondo, natação e futebol, mas não se adaptou a nenhuma dessas modalidades.

A menina descobriu o judô ao acompanhar o irmão em um projeto social que oferecia o treinamento.

Percebendo o interesse da filha, a mãe decidiu matricula-la em um treinamento mais competitivo. Mas foi o professor Alessandro Nascimento que identificou o potencial da atleta.

“Ele disse: ela é um diamante bruto e eu vou lapidar. Ela será campeã mundial”.

Em 2022, com apenas oito meses de treinamento, Ágata conquistou sua primeira medalha, ficando em segundo lugar em um campeonato estadual.

A surpresa veio logo depois. Em todas as outras competições, a atleta passou a ocupar somente o lugar mais alto do pódio, ficando em primeiro lugar em praticamente todas as outras disputas.

Foi campeã do 8º campeonato estadual de judô, do Meeting, da seletiva região Centro-Oeste, do Brasileiro de 2022. Conquistou ainda o 3º lugar no Brasileiro Estudantil, no Rio de Janeiro.

Esse ano já venceu o Brasileiro Regional, sediado em Brasília; o Estadual por Equipes sub-15, que aconteceu em Campo Grande; a Copa Judô Futuro 2023; a Copa Ponta Porã; a seletiva municipal dos Jogos Escolares; e a Seletiva Nacional, que a classificou para o Pan de Lima.

A mãe conta ainda que a família toda está empenhada em ajudar no crescimento profissional de Linda Ágata, porém, a falta de recursos financeiros é a principal dificuldade enfrentada. De João Pessoa, na Paraíba, onde mora, o pai também ajuda como pode.

A atleta não conta ainda com acompanhamento nutricional, de fisioterapia e de outras áreas essenciais para o seu desenvolvimento, mas aproveita como pode os apoios que recebe.

Para o futuro, Ágata não tem um plano totalmente esquematizado, mas carrega a certeza de seguir representando o estado e o País.

“Ela não se colocou ainda como uma profissional em uma área específica, mas ela sabe que conforme suas vitórias, seu crescimento dentro do judô, ela terá que mudar de cidade para um clube maior. Se entrar para o quadro da seleção brasileira terá treinamentos mais pesados, com suporte mais voltado para a prática desse esporte”, finaliza Chesta.

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