Moradores do Cabreúva fazem mutirão para revitalizar área degradada na Orla Morena
Fotos: Divulgação
Suzi Osaki
Os moradores do bairro Cabreúva se mobilizaram neste sábado (20), em mutirão, para revitalizar uma parte do gramado que estava degrado há anos e que colocava em risco o tombamento de três pés de seriguela que ficam próximos do Teatro de Arena da Orla Morena, além de levar entulho e lama em dias de chuva para o calçadão utilizado pela feira do bairro.
A iniciativa partiu do aposentado Vicente Martins que pediu ao presidente da Associação dos Moradores do Bairro Cabreúva (AMB), Eduardo Cabral apoio para realizar a revitalização.
Segundo o presidente do bairro, a obra de reforma e readequação para acessibilidade da Orla Morena, setor H ao M na av. Noroeste, teve início em junho de 2021 e custou o valor R$ 348.136,70, mas não atendeu os principais problemas apontados pela associação, que foi feito via ofício e questionado várias vezes nas reuniões do Conselho Regional da Região Urbana do Centro em 2021 e 2022. “Nessa obra não foi contemplado o paisagismo e arborização, necessário para manter a cobertura do solo. Levamos essa demanda várias vezes a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), a obra foi “concluída” e não fomos atendidos. Cansamos de esperar e resolvemos agir”, disse Cabral.
Por outro lado, para o mutirão, a Sisep fez a doação de um caminhão de terra, que foi utilizado para fazer o plantio da grama.
Realizada em três etapas, no primeiro sábado, vários pneus foram colocados junto da curva de nível para conter a enxurrada. No segundo, foram colocadas as madeiras e neste último sábado (20), foi realizado o aterro e a colocação da grama. A AMBC também providenciou veneno para as formigas que têm tomado conta da Orla Morena.
“A ideia é continuar esse trabalho nas áreas mais afetadas pela perda de cobertura da grama, causado pelo excesso de arborização em alguns locais, pois onde tem muito sombra, a grama acaba morrendo”, afirma Cabral.
Um dos locais a ser revitalizado, é onde foi pedido a mureta de contenção em 2021, cerca de 200m, que fica próximo da academia dos idosos, pois quando chove, o lugar vira um lamaçal, impedindo a acessibilidade tanto de ciclistas quanto de pedestres.
No total, oito pessoas participaram efetivamente da ação: dois jovens acadêmicos que fazem parte do movimento Demolay, Áureo Adauto (que mora no bairro Tiradentes) e Arthur Till, os moradores do Cabreúva Aldo Peres (71), Jair (80), o empresário João Cabral (da Flora Terrestre), Munir Sayagh, além do presidente do bairro Eduardo Cabral e o idealizador da ação, Vicente Martins. Outros moradores contribuíram com a aquisição da grama e fornecendo água e alimentos aos participante, além dos dois moradores que moram bem em frente dos pés de seriguela, que ficaram incumbidos de molhar a grama.