Inmet prevê dezembro de calor intenso e chuvas irregulares
Historicamente, em dezembro, os sul-mato-grossenses enfrentaram chuvas isoladas combinadas com o forte calor, o que deixa o clima úmido e quente ao mesmo tempo. De acordo com o prognóstico do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), tudo indica que o último mês do ano será marcado por temperaturas acima da média e chuvas dentro ou abaixo do esperado em diversas regiões do estado.
Segundo os dados fornecidos pelo órgão, as chuvas nas regiões sul e oeste do estado devem ocorrer fora da mídia (área em cinza). Em outros gráficos, é mostrado que as chuvas podem ocorrer abaixo ou dentro da mídia registrada anualmente.
De acordo com esta análise, as regiões de Mato Grosso do Sul serão marcadas pela elevação dos níveis de umidade do solo, devido à previsão de chuvas mais regulares, o que pode beneficiar os agricultores nos cultivos da primeira safra. Prognóstico, algumas áreas do estado podem ser afetadas pela maior distribuição das chuvas, especialmente na região sul.
Calor vem forte
Em outro gráfico disponibilizado pelo Inmet, é indicado que o calor no estado pode atingir níveis elevados, com temperaturas superiores a 28ºC. As regiões central, leste, norte e bolsão devem registrar temperaturas ainda mais altas, criando um clima abafado, combinado com as chuvas irregulares previstas para o mês.
Ondas de calor
De acordo com dados meteorológicos, não haverá ondas de calor em dezembro. Embora o Inmet não tenha essa possibilidade, o Brasil, em 2024, vivenciou ondas de calor em todos os meses do ano.
Segundo a CNN Brasil, especialistas explicam que o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos, combinado com a intensificação das mudanças climáticas, são os principais fatores responsáveis pelas ondas de calor mais recentes.
Para o especialista e fundador do LAPIS, Humberto Barbosa, as ondas de calor que assolaram o Brasil em 2024 são um claro sinal dos impactos das mudanças climáticas causadas pela ação humana.
“Essas ondas de calor não são naturais, mas provocadas pela ação humana, principalmente pela fumaça das queimadas”, completa Humberto.
Ainda segundo os especialistas, é crucial que os governos e a sociedade atuem de forma conjunta para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e implementem medidas de adaptação para enfrentar os próximos desafios, já que o clima está cada vez mais extremo.
Redação: Impacto Mais – Mirtes Ramos
Fonte: Correio do Estado
Foto: Gerson Oliveira