Sindicato Rural de Maracaju participa do VI Fórum Estadual de discussão sobre a Febre Aftosa
O evento reuniu na Famasul, autoridades internacionais, presidentes de sindicatos e lideranças do setor, para avaliação do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa. Um dos destaques, é a eficiência na atividade da Bovinocultura de Corte no estado
Vanessa Bordin
Foi realizado nesta quarta-feira (22), na sede da Famasul em Campo Grande, o VI Fórum Estadual do Plano Estratégico do PNEFA – Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa. O evento reuniu autoridades do comitê internacional da OIE-OMSA, autoridades sanitárias do Paraguai, profissionais da IAGRO, da ADAPAR e do Ministério da Agricultura (MAPA), e presidentes dos Sindicatos Rurais do estado, a fim de conhecerem as medidas que o Mato Grosso do Sul vem implementando para alcançar o status sanitário, “livre de Febre Aftosa” sem Vacinação.
O presidente do Sindicato Rural de Maracaju, Marco Antônio Guimarães Marcondes esteve presente e, segundo ele, o evento trouxe como destaque o aumento na produção de bovinos em Mato Grosso do Sul, em pelo menos 9,15%, mesmo com a diminuição do rebanho e dos abates. Esse cenário demonstra a eficiência na atividade da Bovinocultura de Corte no estado ao longo dos últimos 22 anos.
De acordo com Marco Antônio, produzir mais com menos, esse foi o recado, pois a entrada de novas atividades agrícolas florestais, a expansão da agricultura sobre áreas de pastagem e os investimentos em melhoramento genético, sanidade, nutrição, resultaram no aumento de produção de bovinos numa menor área produtiva. Foi destacado também o aumento da produção de suínos, aves e peixes no MS.
Avaliação
Outra avaliação do evento é que, com os investimentos aplicados no setor houve um aumento de produção e melhora na qualidade da carne, e hoje, há uma necessidade de abertura de novos mercados e mais exigentes. Tudo isso, agregando valor na comercialização. De acordo com os palestrantes, Mato Grosso do Sul está se preparando para atender a esses mercados, mas depende ainda de alcançar o status sanitário “livre de aftosa” sem vacinação.
Todos os envolvidos nessa atividade como, produtores, indústrias, transportadores, a IAGRO e o MAPA, têm responsabilidades compartilhadas a cumprir. O trabalho de educação sanitária e vigilância está sendo intensificado para atender o calendário previsto até 2026. Novas tecnologias de informática estão sendo utilizadas para controlar o trânsito de animais, com monitoramento de rodovias através de viaturas volantes, câmeras e sistemas inteligentes para detectar qualquer anormalidade.
Todas essas informações chegam no CCO – Centro de Controle de Operações na IAGRO em Campo Grande. Em 2023, por exemplo, a IAGRO realizou mais de 25 mil fiscalizações volantes, por meio do Programa Lobo Guará.
Para o presidente do Sindicato Rural de Maracaju, o desafio é possível. “Na minha visão o produtor Sul-mato-grossense sempre foi o maior interessado em cuidar da Sanidade do seu rebanho pois sabe que é de suma importância para a sua atividade. Esse novo desafio é de todos e acredito que o status sanitário será alcançado até o prazo estabelecido”, ressaltou.
Para 2024
Em janeiro de 2024, devem iniciar os estudos soroepidemiológicos nos estados do Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Tocantins e no Distrito Federal. Caso a sua propriedade seja sorteada, colabore com as autoridades sanitárias, para dar agilidade ao processo. É importante que o produtor rural regularize o seu cadastro na IAGRO. E, para notificações e contato direto com a IAGRO, o telefone e e-mail disponíveis são estes: WhatsApp pelo (67) 99961-9205 ou e-mail: (notifica@iagro.ms.gov.br).