23 de outubro de 2024

Ministra de MS é alvo de denúncias de assédio moral

Após denúncias que envolvem o Ministério das Mulheres virem a público, a Controladoria-Geral da União (CGU) investiga suposto crime de racismo na Pasta, apontando até mesmo possíveis situações de assédio moral que teriam sido cometido por Aparecida Gonçalves. 

Cida Gonçalves, nomeada pelo presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva em 22 de dezembro de 2022, é alvo de denúncias de assédio moral, que vieram a público pelas apurações dos jornalistas Fernando Assunção e Pedro Borges, da agência de notícias especializada, Alma Preta. 

Conforme apurado pela Agência, 17 funcionárias e ex-funcionárias teriam confirmado situações de assédio moral no Ministério, com a secretária-executiva da Pasta, Maria Helena Guarezi sendo acusada até mesmo de tecer comentários racistas. 

O suposto ato de racismo, segundo a Agência, teria sido cometido em 24 de abril, por Guarezi contra a então secretária Nacional de Articulação Institucional, Ações e Temáticas e Participação Política (Senatp), Carmen Foro. 

Na ocasião, uma reunião do Ministério acontecia na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), quando Maria Helena teria pedido à agora ex-secretária que se sentasse, pois o cabelo de Carmen Foro estaria atrapalhando a visão do espaço. 

Suposto assédio moral

Como descrito pelo Governo Federal, a CGU é voltada para “ações de controle interno, auditoria pública, correição, ouvidoria e prevenção e combate à corrupção”.  

À equipe da Agência Especializada Alma Preta, o órgão detalhou que, ao tomar conhecimento das denúncias, pediu informações oficiais e que medidas cabíveis sejam devidamente acompanhadas.

Durante cerca de dois anos, desde que Cida assumiu a Pasta, conforme acompanhado através das publicações em Diário Oficial da União, pelo menos 59 pessoas saíram do Ministério das Mulheres. 

Entre essas, Carmen Foro, que comandou a Senatp até o último dia 08 de agosto, sendo que sua exoneração, conforme a ex-funcionária, aconteceu enquanto cumpria atestado graças a transtornos que teriam sido adquiridos após começar a trabalhar na Pasta. 

Abaixo é possível conferir um material da Agência Especializada, publicado no YouTube da Alma Preta Jornalismo em 21 de outubro, que compila falas atribuídas à Cida Gonçalves, de conversas após a saída de Foro.

À própria Alma Preta a Pasta afirmou ser contra qualquer discriminação, dizendo que toma providências sobre todas as denúncias formalizadas nos canais competentes do órgão. 

Importante esclarecer que Cida Gonçalves foi procurada, para que pudesse manifestar sua posição a respeito das denúncias e acusações, porém, até o fechamento da matéria não foi obtido retorno. O espaço segue aberto. 

Militante de movimentos populares, Aparecida atuou no governo de Zeca do PT (1999-2006), em proteção às mulheres, e também no governo de Lula, como secretária nacional da Violência Contra Mulher.

Durante seu trabalho na equipe de transição, Cida agiu em programas de políticas públicas contra a violência de gênero. 

Redação: Impacto Mais – Mirtes Ramos

Fonte: Correio do Estado

Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

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