10 de dezembro de 2024

“Projeto Educação Digna, Inclusiva e Feliz” possibilita construção de escola na Aldeia Jaguapiru em Dourados

Em um mundo onde a preservação das culturas e tradições se torna cada vez mais desafiadora, um projeto tem se destacado pelo seu impacto transformador e pelo compromisso com os povos originários. O “Projeto Educação Digna, Inclusiva e Feliz”, idealizado pelo Promotor de Justiça João Linhares, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Dourados, tem levado mais que recursos, mas também esperança e dignidade às comunidades indígenas, especialmente à Aldeia Jaguapiru.

O início de um sonho – O primeiro grande passo foi imaginar e construir, junto com a comunidade indígena, um espaço onde crianças e jovens das aldeias pudessem aprender sobre suas culturas, com o auxílio dos anciãos, que são os guardiões da história e das tradições. Por meio de recursos provenientes de Acordos de Não Persecução Penal e Suspensão Condicional do Processo, foi possível financiar ações para a construção da Escola de Cultura Indígena da Ńhandeci Floriza.

O cenário inicial era de total precariedade. O espaço destinado para o ensino e para as brincadeiras das crianças era improvisado, sem condições adequadas para o desenvolvimento das atividades. O local era simples, com banheiro improvisado, o que demonstrava a necessidade urgente de mudanças”, explicou o Promotor de Justiça João Linhares.

A comunidade no centro do processo – No entanto, a força de vontade da comunidade indígena, o apoio incondicional do Ministério Público de Mato Grosso do Sul e de diversas parcerias têm transformado essa realidade. O projeto não só destinou os materiais necessários para a construção, como também tem contado com a mão de obra e a dedicação dos próprios indígenas, que, com suas próprias mãos, estão erguendo a estrutura da nova escola. O trabalho conjunto é um exemplo de colaboração, onde a comunidade contribui com seu esforço e o projeto, com os recursos.

A escola como símbolo de resistência e cultura – O novo espaço, ainda em construção, já começa a ganhar forma e a trazer esperanças renovadas. É um local de ensino, mas também de convivência, onde os mais velhos vão poder transmitir, com orgulho, as tradições, línguas, crenças e costumes dos povos originários.

O projeto não visa apenas a educação formal, mas também a valorização das culturas indígenas, garantindo que as crianças e jovens aprendam a respeitar e perpetuar a identidade de seus povos. A educação nas aldeias é um pilar fundamental para que a cultura indígena se mantenha viva e que os novos tempos não apaguem a rica história dessas comunidades.

A construção da escola tem o apoio de inúmeras pessoas e organizações. Entre elas, destaca-se a professora Gicelma Chacarosqui, da UFGD, que, além de contribuir com seu conhecimento, é uma das coordenadoras do Projeto Cuidar, também parceiro da iniciativa. Aos poucos, o local começa a ganhar novos ares. Artistas estão trabalhando para pintar as paredes, trazendo cores e vida ao ambiente, que agora reflete a diversidade e a riqueza das culturas indígenas.

Este é apenas o começo. Vamos continuar com amor e dedicação para que a cultura indígena seja sempre valorizada e preservada”, afirmou João Linhares, com um sorriso no rosto, olhando para a escola que logo será concluída.

 

Redação: Impacto Mais – Mirtes Ramos

Fonte e fotos: Assecom/MPMS

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