25 de novembro de 2024

Entenda como funcionava suposto esquema de manipulação de resultados no Brasileirão

Ministério Público de Goiás cumpriu três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão. Investigações ainda não sabem extensão da fraude.

Foto: Reprodução

O Ministério Público de Goiás (MPGO) tenta desarticular, com operação realizada nesta terça-feira (18), uma organização criminosa suspeita de manipular resultados de jogos do Campeonato Brasileiro, o Brasileirão.

Segundo o MPGO, a Operação Penalidade Máxima II cumpriu três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em seis estados do país.

Entenda a seguir como o suposto esquema funcionava:

De acordo com a investigação, o grupo criminoso conseguia manipular resultados após subornar jogadores.

Os jogadores recebiam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para realizar ações específicas durante as partidas. As ações a serem realizadas pelos jogadores eram motivo de apostas em sites especializados, além de poderem interferir no resultado final do jogo.

Exemplo: jogadores recebiam propostas para marcarem um pênalti no primeiro tempo de um jogo. Em paralelo, um criminoso envolvido no esquema apostava em um dos sites que aquele pênalti seria cometido por aquele jogador, e era remunerado pela aposta bem sucedida.
Caso os jogadores aceitassem, era feito o pagamento do “sinal”.

Após a partida, caso o pênalti tivesse sido efetivado, jogadores recebiam restante do valor.

Entenda o caso

A investigação começou em fevereiro a partir de uma denúncia do clube Vila Nova, de Goiânia, em Goiás. A princípio, foram identificadas fraudes nos jogos da segunda divisão do Campeonato Brasileiro de 2022.

Nesta nova fase do caso, um grupo é suspeito de ter manipulado pelo menos cinco jogos da primeira divisão do Campeonato Brasileiro de 2022. Além disso, há indícios de fraude em outras cinco partidas dos campeonatos regionais, incluindo os estaduais de Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Ainda não se sabe a extensão da fraude.

De acordo com o Ministério Público, entre os crimes que os envolvidos podem ser indiciados, estão: organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo.

Veja quem são alguns dos alvos da operação:

Victor Ramos, ex-Palmeiras, Vasco e Vitória, e atualmente zagueiro na Chapecoense;

Igor Cariús, lateral-esquerdo do Sport Recife;

Kevin Lomonaco️️️, jogador do Red Bull Bragantino;

Gabriel Tota, jogador do Esporte Clube Juventude.

Segundo o Ministério Público, estes são os detalhes dos mandados:

Goiás: 1 atleta investigado. 1 mandado de busca e apreensão;

Rio Grande do Sul: 2 atletas investigados, mas ao total são 3 mandados de busca e apreensão;

Santa Catarina: 2 atletas investigados. 2 mandados de busca e apreensão;

Rio de Janeiro: 1 pessoa investigada, não é atleta;

Pernambuco: 2 atletas investigados. 2 mandados de busca e apreensão;

São Paulo: 2 atletas investigados, sendo no total 10 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão.

** Com informações do G1

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