Nova diretoria da Cruz Vermelha assume com estratégias de governança e propostas em Educação e Saúde
Fotos: Bruno Rezende
Alexandre Gonzaga
A nova diretoria da Cruz Vermelha em Mato Grosso do Sul se reuniu na tarde desta segunda-feira (5) com o governador Eduardo Riedel. No encontro, a presidente da Cruz Vermelha no Estado, Aline Tagliaferro, detalhou o trabalho da entidade e as últimas ações. “Estamos retomando o trabalho da Cruz Vermelha no Estado e fazendo uma reestruturação com estratégias de compliance, governança ambiental, social e corporativa (ESG) e renovação do voluntariado. E estamos à disposição da população de Mato Grosso do Sul, em conjunto com a Defesa Civil, e também nas áreas de Educação e Saúde”, completou a presidente.
O governador Eduardo Riedel, acompanhado do secretária-adjunta de Saúde, Crhistinne Maymone, agradeceu a visita do colegiado e afirmou que a Cruz Vermelha cria um ambiente de solidariedade e suporte. “A Cruz Vermelha possui reputação e credibilidade por meio de seus voluntários, mobilizando gente e corações”, disse.
A Cruz Vermelha conta hoje no Estado com 183 voluntários e a intenção da nova diretoria é ampliar este quadro, oferecendo à população serviços e capacitação nas áreas de Educação e Saúde com treinamentos em primeiros socorros psicológicos. A instituição está presente em Mato Grosso do Sul desde a década de 1940.
Ainda segundo a presidente Aline Tagliaferro, a instituição de atuação internacional, trabalhou fortemente durante a pandemia de Covid-19, com o “Buzão da Vacina”, que percorreu localidades, ofertando o imunizante com 10 mil doses.
Cruz Vermelha Internacional
A Cruz Vermelha nasceu pelas mãos do suíço Henry Dunant que testemunhou, em 1859, um terrível combate entre as Forças da França e do então Império Austro – Húngaro. Esse confronto ficou conhecido como a Batalha de Solferino.
Dunant decidiu escrever um livro, chamado “Lembranças de Solferino”, que publicou com fundos próprios em 1862. Ele enviou cópias do livro para políticos e militares importantes em toda a Europa. Além de tratar vivadamente sobre suas experiências em Solferino, Dunant também advocou explicitamente a formação de um sistema voluntário nacional de assistência, para colaborar no cuidado médico dos feridos em guerra.
A Cruz Vermelha no Brasil
A História da Cruz Vermelha Brasileira iniciou no ano de 1907, graças à ação do Dr. Joaquim de Oliveira Botelho, espírito culto e cheio de iniciativa que, inspirando-se naquilo que testemunhara em outros países, sentiu-se animado do desejo de ver, também aqui, fundada e funcionando, uma Sociedade da Cruz Vermelha. Junto com outros profissionais da área de saúde e pessoas da sociedade promoveu uma reunião em 17 de outubro daquele ano na Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, para lançamento das bases da organização da Cruz Vermelha Brasileira.
Em reunião realizada em 5 de dezembro de 1908, foram discutidos e aprovados os Estatutos da Sociedade. Esta data ficou consagrada como a de fundação da Cruz Vermelha Brasileira, que teve como primeiro Presidente o Sanitarista Oswaldo Cruz. O registro e o reconhecimento da entidade nos âmbitos nacional e internacional se deu nos anos de 1910 e 1912, sendo que a I Grande Guerra (1914/1918) constitui-se, desde seus primórdios, no fator decisivo para o grande impulso que teria a nova Sociedade.