Caso de ex-servidor que matou mulher em acidente de trânsito com carro oficial vai ao Tribunal do Júri
Guilherme Pimentel foi preso em flagrante, mas pagou fiança de R$ 66 mil e responderá em liberdade. O jornalista foi exonerado do cargo de confiança que tinha no governo de Mato Grosso do Sul
Perícia analisou o caso. — Foto: Magno Lemes/ TV Morena
O caso de Guilherme Pimentel, de 30 anos, – ex-servidor que matou Belquis Maidana em um acidente de trânsito – foi encaminhado para ser julgado pelo Tribunal do Júri de Campo Grande. O réu dirigia bêbado um carro oficial do governo de Mato Grosso do Sul quando atingiu a moto em que a vítima estava.
O julgamento do caso tinha sido despachado para 6ª Vara Criminal da capital. Entretanto, após análise, o juiz Marcio Alexandre Wust entendeu que compete analise o caso, já para “julgar os crimes embriaguez ao volante e crime de lesão corporal grave”.
Conforme apuração feita pelo g1, o caso deve ser apreciado pelos juízes responsáveis pelo Tribunal do Júri ainda nesta sexta-feira (15). Os juízes devem analisar o mérito do dolo – que é a intenção de praticar ato criminoso, com consciência e vontade -, para assim pronunciar ou não ao júri.
A vítima, Belquis Maidana, estava na garupa de uma moto a caminho do trabalho, quando foi atingida pelo carro dirigido pelo servidor público. O carro usado por Guilherme é um veículo oficial do governo de Mato Grosso do Sul, lotado na Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul).
Guilherme passou por audiência e foi solto após pagar fiança de R$ 66 mil. O valor foi pago e o suspeito liberado.
Entenda o caso
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De acordo com o boletim de ocorrência, o acidente ocorreu no cruzamento das ruas Antônio Maria Coelho e Bahia. A colisão ocorreu pouco depois das 6h no bairro Jardim dos Estados, na manhã do dia 9 de dezembro.
Segundo o registro policial, uma testemunha afirmou ter visto o carro dirigido por Guilherme em alta velocidade e que o motorista também havia avançado o sinal vermelho no trecho, antes da colisão com a motocicleta. Belquis foi arremessada e morreu na hora.
À polícia, Guilherme confirmou que havia ingerido bebida alcoólica antes de dirigir. Entretanto, ao ser abordado para realizar o teste do bafômetro, o suspeito recusou.
No boletim de ocorrência, os oficiais narram que o motorista apresentava olhos vermelhos, odor de bebida alcoólica e sonolência. A polícia atestou que o suspeito estava bêbado a partir de um termo de constatação de embriaguez.
Com o impacto da batida, a moto em que Belquis estava foi arremessada a 25 metros de distância do local do acidente. Além de atingir a moto, o carro também colidiu com um segundo veículo que estava estacionado.
Além da Polícia Civil, Perícia Técnica foi ao local do acidente. Imagens de câmeras de segurança devem ajudar as investigações para o entendimento do acidente.