11 de outubro de 2024

Com trilha e oficinas, Projeto Florestinha promove ações na Semana do Meio Ambiente

Foto: Bruno Rezende

Natalia Yahn

Como parte das ações da Semana do Meio Ambiente, alunos das redes públicas de ensino de Campo Grande aprendem sobre preservação ambiental no Projeto Florestinha. Com trilha realizada no Parque Estadual Matas do Segredo e diversas oficinas, os estudantes têm contado direto com o bioma do Cerrado na área de 177 hectares.

“Eu não sabia que tinha um parque tão grande dentro da cidade, perto da minha casa e da escola. É muito bonito. Eu gostei de visitar e aprender de um jeito diferente, vendo tudo de perto”, disse Bárbara Fonseca, 9 anos, aluna do 5° ano do ensino fundamental da Escola Municipal Nicolau Fragelli.

A professora de Ciências da turma, Beatriz Mandetta, pontuou sobre a importância do aprendizado por meio de contato direto com inúmeros conhecimentos que para a maioria dos alunos só estava disponível nos livros. “Visitar um lugar como este, onde eles podem ver a natureza, inclusive com a possibilidade de flagrar os animais em seu habitat natural é realmente incrível. Para eles é algo único e muito significativo na Semana do Meio Ambiente”.

Os alunos do 8° e 9° anos da Escola Estadual Padre Franco Delpiano também estiveram na área de preservação nesta segunda-feira, e participaram da trilha onde está a nascente do córrego Segredo, que corta a Capital.

“Para os alunos a experiência é realmente significativa, de sair da sala de aula e ter o contato direto com a natureza. Na nossa escola desenvolvemos educação ambiental em diversas frentes, e esse tipo de ação só fortalece o que eles já estão aprendendo”, explicou o coordenador do ensino médio e professor de geografia Doraci da Silva Feitosa Júnior.

As oficinas sobre reciclagem, crimes ambientais, preservação e animais silvestres também chamam atenção dos estudantes. “Eu gostei de aprender sobre preservação dos rios, existem coisas que são feitas, que na verdade são crimes ambientais. Tudo isso é importante a gente saber, para não agirmos de forma errada e também passarmos o conhecimento adiante”, disse Thalia Furtado, 13 anos, aluna do 8° ano.

A Semana do Meio Ambiente do Projeto Florestinha de Campo Grande começou hoje e segue até quarta-feira (7) no Parque Estadual Matas do Segredo. As visitas são agendas e ocorrem nos períodos matutino e vespertino.

Entre as atividades desenvolvidas estão oficinas sobre destinação correta de resíduos sólidos; pesca legal – legislação de pesca, petrechos proibidos e piracema -; a importância da preservação e manutenção da flora nativa, assoreamento e erosão; além de palestras e visitação no minimuseu de animais taxidermizados com discussões sobre cadeia alimentar e crimes relacionados a fauna; teatro de fantoches sobre temas ambientais; e o passeio pela trilha do Parque Estadual Matas do Segredo.

“É um aprendizado mais significativo, para que eles conheçam inclusive o ambiente que vivem e sobre a importância da preservação ambiental no perímetro urbano. Eles passam a visualizar o bioma no qual vivem, e aprendem como ajudar na conservação”, explicou o biólogo – que atua na área de educação ambiental da SED (Secretaria de Estado de Educação) –, Douglas Henrique Melo Alencar.

Florestinha

O “Florestinha” tem três décadas de funcionamento e já atendeu aproximadamente 5 mil crianças e adolescentes em Campo Grande e outros cinco municípios do interior.

As ações são desenvolvidas em sete polos localizados, além da Capital – com dois -, em Amambai, Costa Rica, Três Lagoas, Anastácio e Bataguassu. Atualmente são 500 crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, atendidos pelo projeto.

No projeto são atendidas crianças e adolescentes no contraturno escolar com duas refeições, aula de reforço e educação ambiental. Para os pais e alunos o trabalho contribui para a formação, além de ajudar no desempenho dos jovens.

“E nas ações da Semana do Meio Ambiente a gente abre o projeto para visitação dos alunos. Tudo isso é para o aprendizado, sensação de pertencimento, afinal todos precisamos atuar e agir para garantir a preservação ambiental”, disse a tenente Eveny Parrela, coordenadora estadual do projeto.

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