Imasul discute impactos de linha de transmissão que vai cortar 3 municípios
O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) faz audiência pública no dia 23 de janeiro para discutir impactos da linha de transmissão de energia elétrica que vai cruzar os municípios de Paranaíba, Aparecida do Taboado e Selvíria.
A linha terá 74,68 km, com instalação, principalmente, de torres estaiadas (estrutura mais alta e fina). As estruturas são responsáveis pela sustentação dos cabos condutores que fazem o transporte da energia elétrica.
O projeto, batizado de “LT 230 kV Inocência – Ilha Solteira 2, C4”, foi planejado para ter uma faixa de servidão com 42 metros de largura ao longo de todo o seu traçado, sendo 21 metros para cada lado do eixo. É nessa faixa, com área total de 313 hectares, que acontecerão as obras de construção do empreendimento.
Na faixa de servidão, são permitidas pastagens; cultivos de cereais (soja, milho, feijão, sorgo); horticultura, floricultura e fruticultura com espécies de pequeno porte; circulação de veículos agrícolas (exceto nas áreas das torres), desde que o veículo não permaneça parado na faixa,
Mas são vetados: plantar árvores de qualquer espécie que alcancem grande altura; plantar culturas que precisem de queimadas; usar aviões para aplicar fertilizantes ou pesticidas; construir instalações elétricas e mecânicas (como pivô de irrigação); jogar resíduos sólidos; construir casas e outras benfeitorias; e realizar qualquer tipo de queimadas.
A obra é de responsabilidade da empresa Anastácio Transmissora de Energia Ltda, que venceu leilão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e será responsável pela linha por 30 anos.
Também terá transmissão ao vivo pelo canal do Imasul no YouTube, com pontos de acesso virtual disponíveis na Câmara Municipal de Paranaíba, situada na Avenida Juca Pinhé, 255, Jardim Santa Mônica, e na Câmara Municipal de Selvíria, na Rua Rui Barbosa, 1120, Centro.
A audiência pública é para detalhar a proposta, analisar os impactos ambientais positivos e negativos, apresentar as medidas mitigadoras e compensatórias, além de divulgar os programas ambientais relacionados.
O projeto exige a recuperação de áreas degradadas com construção da linha de transmissão, que acontecerão em virtude da instalação e desmobilização do canteiro de obras, acessos, pátios de estocagem de material, fundações das torres e áreas de lançamento de cabos, taludes.
Redação: Impacto Mais – Mirtes Ramos
Fonte: Campo Grande News
Foto: Reprodução