Politicando com Jota Menon de 24 de maio de 2023
MARINA SILVA – A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede/AC), fez uma análise sobre a Medida Provisória baixada pelo governo federal e que precisa ser votada no Congresso Nacional até 1º de junho. A MP afeta diretamente a pasta encarregada de defender pautas ligadas ao meio ambiente, tirando-lhe poderes de decidir sobre vários temas relacionados ao setor. “Tirar poderes de setores ligados ao meio ambiente de defender pautas ligadas ao meio ambiente; tirar poderes dos povos indígenas de deliberarem sobre pautas relacionadas aos povos indígenas é o mesmo que tirar poderes do Ministério da Fazenda de legislar sobre economia e ter controle sobre a Receita Federal”. Curta, grossa e objetiva, como sempre.
ENFRAQUECIDA – Na última semana a ministra Marina Silva (foto acima) saiu enfraquecida dos embate com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. E sua situação piorou da noite de ontem para a madrugada de hoje quando o seu partido, a Rede Sustentabilidade, se tornou uma das legendas a votar fechada contra o Governo durante a deliberação sobre a pauta fiscal. A Federação Rede/Psol tem 13 votos na Câmara Federal e todos votaram pela rejeição do projeto reforçando o time de Bolsonaro que também viu sua base de suposta sustentação na Câmara Federal se esfacelar.
VITÓRIA FOLGADA – Já na madrugada desta quarta-feira, 24, se conheceu o placar final da votação: 372 votos favoráveis à pauta do governo, 108 contrários e uma abstenção. Para ser aprovado, um projeto de lei precisa de maioria absoluta ou 257 dos 513 votos da Câmara Federal.
BRETE – A Câmara dos Deputados sob o comando do deputado Arthur Lira (PP-AL) literalmente embretou o governo federal na votação de pautas relacionadas à economia. O “Centrão”, que tem Arthur Lira (foto acima às gargalhadas) como principal articulador, deu votos importantes para aprovação de PLs relevantes, mas isto só aconteceu porque o presidente Lula e o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, tiveram que fazer concessões aos parlamentares, como a liberação de alguns bilhões de reais em emendas parlamentares.
REPÚBLICA LAICA – A prefeita Adriane Lopes (Patriota/foto acima), que é evangélica, vem dando exemplo de como se administrar um poder público em uma república laica como o Brasil. Ela tem respeitado o sincretismo religioso com uma desenvoltura que merece cumprimentos. Seu último ato demonstrando respeito a todas as manifestações de religiosidade em Campo Grande veio hoje de manhã com a publicação da notícia dando conta da realização da Festa de Santa Sara Kali, cuja data consagrada é dia 24 de maio e é comemorada pelos Povos Ciganos. Aplausos à prefeita!
NEGOCIAÇÕES – A semana começou em Campo Grande com reuniões entre lideranças do MDB e PSDB (foto montagem abaixo do blog de Marcos Eusébio). Entre os líderes, os ex-governadores Reinaldo Azambuja (PSDB) e André Puccinelli (MDB) e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB/MS). As conversações chegam a pouco menos de um ano do início do dito “ano eleitoral” que acontece seis meses antes da realização do pleito no primeiro domingo de outubro.
NEGOCIAÇÕES (1) – Após Puccinelli afirmar que ‘é cedo para discutir 2024’, o governador Eduardo Riedel (PSDB) confirmou que o encontro não tratou das eleições municipais. Apesar disso, o ex-governador emedebista disse que não descarta ser candidato a prefeito de Campo Grande nas próximas eleições, em 2024.
CONFIRMADA – A suspeita confirmada de que Puccinelli pode voltar à disputa pela cadeira de prefeito municipal veio na manhã de ontem, 23, quando ele postou um vídeo em sua página no Instagram lembrando o primeiro ano de sua administração como prefeito da Capital. Filmado no Parque do Soter, Puccinelli rememorou o início do programa de desfavelamento de Campo Grande que levou as famílias da Favela do Alemão, existente onde hoje é o Parque do Soter, a habitar um conjunto habitacional até hoje tido como modelo. A partir desse programa, Campo Grande se tornou a primeira capital brasileira 100% desfavelada. Porém, nos 16 anos que se passaram, desde a saída de Puccinelli da Prefeitura, as favelas voltaram a proliferar a periferia da Cidade Morena.
NOVO PRESIDENTE – Para dar mais mobilidade e garantias de condução isenta no processo de definição sobre o que o MDB fará na eleição de 2024, o ex-senador Waldemir Moka é apontado como o nome de consenso para presidir o MDB em Mato Grosso do Sul a partir de agosto de 2023. Ele deve substituir o deputado estadual Júnior Mochi que vem respondendo pela legenda desde que disputou a eleição ao Governo do Estado contra Reinaldo Azambuja (PSDB) em 2018. Isso, pelo menos, é o que afirmou Puccinelli após as reuniões. A decisão já teria sido definida pela cúpula emedebista (foto acima).
CONVITE – Ainda repercutindo as reuniões bipartidárias, o deputado Junior Mochi, na condição de presidente do MDB, convidou oficialmente o vereador e presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), para integrar a legenda e ser uma opção para a chapa majoritária nas eleições de 2024.
TROCA-TROCA – Por sinal, com a aproximação do “ano eleitoral” e as eleições ganhando a mídia, prefeitos do interior que tentarão reeleição, e que de bobos não têm nada, vão mexendo os pauzinhos e trocando de partido. É o caso do prefeito de Miranda, Fábio Florença (PDT), prefeito de Iguatemi, Lídio Ledesma (PP), e o prefeito de Tacuru, Rogério Torquetti (Patriota) que deixaram os partidos pelos quais foram eleitos e cerraram fileiras com o PSDB do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja.
PARTIDO COM 40 – Com o número 45 como sua identificação eleitoral, o PSDB, com a entrada dos três prefeitos elencados acima, chega ao comando de 40 prefeituras do interior do Estado e com isso já pode afirmar que os tucanos administram mais da metade dos 79 municípios sul-mato-grossenses. O sonho recôndito da tucanada é cooptar mais 5 prefeitos e com isso fechar a marca de 45 prefeituras sob o ideário tucano. Não deve ter dificuldade para isso, até porque, no Brasil, trocar de partido é mais fácil do que trocar de roupa.
MUDANÇAS – Na sexta-feira da semana passada, 19, os então secretários municipais de Governo e Relações Institucionais, Mário Cesar Oliveira Fonseca, e de Gestão, Maria das Graças Macedo, foram exonerados. Ambos abrem a lista de trocas e confirmam os rumores. Os próximos devem ser Sandro Benites (Saúde), Paulo Fernando Cardoso (Tecnologia da Informação e Inovação), e Adelaido Luiz Spinosa Vila (Desenvolvimento Econômico), não necessariamente nesta ordem, como informa o Campo Grande News.
JOÃO ROCHA – O atual vereador e ex-presidente da Câmara, João Rocha (PP/foto acima), pediu licença no Legislativo Municipal para integrar o governo da prefeita Adriane Lopes como titular da Secretaria Municipal de Governo. Há quem veja nessa atitude um aviso de que o sonho de João Rocha de sair do Legislativo com uma vaga no Executivo pode estar se concretizando. Ele seria o nome da senadora Tereza Cristina (PP) para integrar a chapa de Adriane para concorrer à reeleição. Vamos esperar para ver se vinga!
CLÁUDIO SERRA – Com a licença de João Rocha que já foi tucano, o PSDB saiu ganhando porque o suplente que assumiu a vaga, Cláudio Serra (foto acima na solenidade de posse), é tucano de quatro costados. Ao assumir a cadeira na Câmara da Capital, o agora vereador Claudinho Serra, como é conhecido nos meios políticos, desfalcou a administração da prefeita Vanda Camilo (PP), de Sidrolândia, onde ele atuava como secretário municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica.
VIVA O PORCO – Publicando o Politicando fico livre para o período de concentração que faço todos os dias de jogos do espetacular, sensacional, maravilhoso, imbatível e inigualável Verdão do Parque Antárctica. Hoje o treino é no Paraguai contra o tradicional Cerro Portenho. Então, viva o Porco!