‘Tranças da liberdade’: como penteados ajudaram escravizados em fugas
Na Colômbia colonial, mulheres escravizadas inventaram uma maneira discreta e genial de criar mapas de orientação para espaços de liberdade
Dália Ventura
BBC News Mundo
A 50 km das águas do Caribe colombiano, na praça de um povoado isolado entre as montanhas, uma expressiva escultura homenageia a memória de um herói excepcional.
Benkos Biohó é descrito como um homem “animado, valente e ousado” que, no final de 1599, comandou “uma revolta e retirada de certos negros fugitivos”, segundo o cronista espanhol Fray Pedro Simón.
A palavra “cimarrón” (fugitivo, em espanhol) usada pelo frade franciscano ao descrever Biohó já conta parte desta história.
Segundo o Dicionário da Real Academia Espanhola: “Cimarrón: Diz-se do escravo ou do animal doméstico que foge para o campo e se torna selvagem.”
A palavra evoca séculos de exploração cruel de milhões de africanos que foram arrancados de seus lares e levados para o outro lado do mundo para serem vendidos e tratados como objetos a serviço de seus senhores.
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