12 de dezembro de 2024

Até quando você vai duvidar?

Por Rogério Alexandre Zanetti

Todos os dias, arqueólogos e demais pesquisadores anunciam ao mundo novas descobertas ou evidências que levam a crer na existência de lugares e monumentos antes tidos como lendas. Machu Pichu, no Peru foi, por muito tempo, tido como lenda contada por exploradores espanhóis e batizada de “a cidade perdida dos incas, foi descoberta definitivamente no ano em 24 de julho de 1911, pelo professor norte-americano Hiran Bingham tendo o auxílio de ferramentas que surgiram recentemente, como o avião, por exemplo, que auxiliou na busca de uma cidade a 2.400 metros de altura, incrustada pela vegetação em uma montanha de dificílimo acesso.
Outras descobertas recentes só foram possíveis com o uso de novas tecnologias (incluindo o avião, o radar, equipamentos de observação mais potentes, entre tantos), como as Espadas do Mar Morto, a nova Cabeça Gigante da Ilha da Páscoa, duas oficinas de múmias do antigo Egito e uma cidade submersa no Itália.
Foi justamente com auxilio das ferramentas do século XXI e mais os estudos e pesquisas da associação de pesquisas sul-mato-grossense de Dakila Pesquisas que o mundo pode, enfim, conhecer e acessar novas informações sobre a igualmente cidade perdida na Amazônia.
Antes chamada de Eldorado e, recentemente, de Ratanabá, a localidade vem inspirando escritores, poetas e curiosos da história e arqueologia há quase cinco séculos e, agora, como trabalho de Dakila pode fazer isso com muito mais informações e consistência.

Já a algum tempo estudos consistentes apontavam que a Amazônia brasileira é o berço de uma das civilizações mais antigas da humanidade. E a análise do mapeamento feito com a tecnologia LiDAR (Light Detection And Ranging), em Apiacás, no Estado do Mato Grosso (MT). Os documentos foram captados por avião, e a tecnologia utiliza pulsos de laser capazes de penetrar na vegetação sem a necessidade de escavação ou de desmatar a floresta. E as imagens reveladas independente, mostram que o local sofreu, sim, intervenção do homem.

Crânio encontrado no local medindo 18 centímetros

Apiacás

Conhecido como Linhas de Apiacás, a área apresenta vários padrões retilíneos e perpendiculares que podem ser vistos a olho nú. Aparentemente, as linhas tratam-se de quadras e ruas como as conhecemos. Segundo datação realizada com chumbo por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista – UNESP – de Rio Claro (SP), o grupo de rochas que o local está assentado tem cerca de 1.5 bilhão de anos.
Para se chegar ao atual estágio de conhecimento e chegar ao local, foram necessários mais de 30 anos de pesquisas, e pode ser considerada uma das maiores descobertas dos últimos tempos, agora rebatizada de Ratanabá, a “Cidade Perdida” da Amazônia Brasileira. Ainda segundo os estudos de Dakila, ali foi a capital do mundo, construída pela civilização pré-diluviana Muril, e sua extensão vai além da Amazônia Brasileira, com ramificações por todos os continentes do planeta”, afirma Urandir Fernandes de Oliveira, presidente da Associação Dakila Pesquisas, que conta com 16 bases de estudos nos estados da amazônicos de Rondônia, Amazonas, Amapá, Roraima e Acre.

O rastreamento

Em julho de 2022, com autorização do Ministério da Defesa do Brasil e com recursos próprios, os pesquisadores utilizaram duas aeronaves para sobrevoar e rastrear a região com a tecnologia LIDAR. Então, foram reveladas e divulgadas surpreendentes imagens aéreas da região, que viralizaram nas redes sociais e chamaram a atenção de vários veículos de comunicação em todo o mundo, fazendo com que Ratanabá ganhasse destaque no Google Trends, demonstrando a curiosidade de pessoas pelo assunto no mundo todo. A seguir, o geoarqueólogo, Saulo Ivan Nery, apresentou uma análise preliminar da paisagem. Segundo ele, a presença dos traços retilíneos se diferencia dos padrões erosivos naturais da região, apontando origem antrópica (ação do homem) nas estruturas. “Estudos científicos mostram que não há falhas geológicas na região, o que descarta ser um padrão natural. Ficou nítido que os padrões erosivos atuantes na região durante bilhões de anos construíram formas bem diferentes das identificadas pelo método LiDAR”, esclareceu Nery.

Imagens(scaners) feitas com a tecnologia LIDAR

Levantamentos topográficos e das bacias hidrográficas realizados pelo Exército Brasileiro e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram utilizados neste estudo comparativo com as imagens do LiDAR, e confirmaram a intervenção humana. “O mapa das águas mostra que o padrão identificado dos rios é semelhante ao dendrítico, ou seja, não há nenhum padrão de rio retangular ou paralelo que justifique as linhas retilíneas da área, muito menos apoio paisagístico de que o relevo construiu isso”, explicou o geoarqueólogo.
A região monitorada pelo LiDAR nas Linhas de Apiacás possui 95 hectares e a planta baixa do local indica, no mínimo, 30 quadras e 30 ruas. A rua principal supera 16 quilômetros de extensão. As estruturas têm, no mínimo, 50 metros de altura em relação ao solo.

Construções

Imagens aéreas realizadas nas Linhas de Apiacás registram duas possíveis torres. A primeira tem cerca de 71 metros de altura e 14 metros de largura e a segunda tem 49 metros de altura por 7 metros de largura. “As possíveis torres se destacam do padrão original da vegetação ao redor, que tem árvores com troncos muito finos e vegetação rasteira. Próximo delas, tem um buraco de 18 metros de diâmetro, que pode ser a entrada de uma das galerias que compõe o Caminho do Peabiru”, disse Urandir. O Caminho do Peabiru são trajetos que cortam o continente sul-americano e se interconectam criando uma estrada com ramificações subterrâneas.
Outro indício de construção foi verificado em uma das imagens do LiDAR. “Parece uma varanda de uma grande construção. Ela tem 22 metros de largura por 8 metros de altura. Trata-se de uma estrutura côncava que daria para adentrá-la”, contou a pesquisadora Fernanda Lima.

O CEO de Dakila Pesquisas mostrou, na ocasião, o que aparenta ser moedas ou medalhas de metal encontradas na Amazônia. “Elas trazem imagens que lembram a Medusa, as Amazonas, o Olho que tudo vê. Como pode uma civilização aparentemente primitiva usar metal? Outra curiosidade é que este material após ser molhado, seca imediatamente”, revelou Urandir.
Foram apresentadas ainda fotos de baú e de uma espada metálica com acabamento refinado; de uma pedra que emite luz há mais de 20 anos, constantemente, sem jamais ter perdido seu brilho, e de vários crânios alongados de aproximadamente 80 cm, cujos corpos teriam cerca de 4,5 metros de tamanho.

Urandir comanda as pesquisa no Caminho de Peaberu

Em Paranaíta, no Mato Grosso, a equipe encontrou duas pegadas fossilizadas em rocha, sendo uma delas no sítio arqueológico da Pedra Preta, trazendo novas informações para o estudo da cidade. “A pedra tem 2,41 metros, se for de um ser humano, este teria de 12 14 metros de altura. Essas pegadas estão demarcadas em todo o Caminho do Peabiru. São relíquias arqueológicas, onde diversos profissionais de todo o mundo estão catalogando-as e podem mostrar uma história que não se encaixa hoje”, afirma Urandir Oliveira.
Além do mapeamento de Ratanabá, Dakila Pesquisas fez o mesmo trabalho no chamado Caminho de Peabiru, que culminou em uma inédita parceria com o Governo de Estado de São Paulo, através da Secretaria de Estado de Turismo, no qual firmou-se uma parceria para intensificação dos estudos e na utilização da trilha e as novas descobertas como atrativo turístico como forma de turismo histórico e contemplação. Urandir Fernandes de Oliveira, para concluir, comenta que “os estudos de Dakila só têm razão de existir para promover o conhecimento e contribuir para o desenvolvimento da humanidade e ficamos felizes que, nos últimos tempos, estamos sendo procurados por governos e universidades interessados em nossas pesquisas, saindo daí vários convênios e estabelecimento de parcerias. Esse é nosso dever, essa é a nossa missão” concluiu

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