10 de janeiro de 2025

Malha Oeste deve voltar ao mercado ainda no 1° semestre de 2025

Ao longo de 2025 Mato Grosso do Sul deve tirar do papel projetos importantes para a logística do estado: entre eles, a relicitação da ferrovia Malha Oeste. Segundo o secretário de meio ambiente, desenvolvimento, ciência, tecnologia e inovação, Jaime Verruck, até o meio do ano o governo do estado espera ter novidades sobre o tema.

A garantia foi feita por Verruck na manhã desta sexta-feira (10) durante entrevista ao Bom Dia MS, no quadro Papo da 7.

Segundo o secretário, a relicitação da ferrovia, assim como a concessão da BR-163 e da Rota da Celulose, é essencial para os planos para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do estado.

A expectativa para esse ano é de que Mato Grosso do Sul tenha um crescimento bem acima da média nacional: enquanto o Brasil projeta 2,4%, o estado prevê 6,86%, o maior entre todos os estados do país.

O crescimento se deve, segundo Verruck, a dois fatores: a capacidade de investimento público e a investimentos privados.

“A capacidade de investimento público é exatamente o equilíbrio fiscal do estado, permitindo que a gente faça investimento num dos gargalos que é exatamente a questão da logística. A gente tem uma previsão de investimento direto do estado de mais de R$ 2,6 bilhões e também os investimentos que são oriundos de concessões, como o caso da BR-163 como da Rota da celulose. O segundo são investimentos privados em algumas áreas extremamente relevantes da agroindústria, como a indústria de celulose e a indústria de proteína animal”.

Jaime Verruck

Para que isso acontece, projetos como o a Malha Oeste são tratados como prioridade para 2025. A reativação da ferrovia já foi aprovada em audiência pública pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e agora está sob análise do TCU (Tribunal de Contas da União).

“A questão da ferrovia tá no TCU sendo discutido, mas é crucial que a gente faça uma retomada da nossa Malha Oeste, isso é fundamental para que a gente não tenha gargalo nas rodovias. Essa é uma questão crucial para conseguir manter o processo de crescimento de Mato Grosso do Sul hoje. Este é um gargalo que poderia limitar o nosso crescimento aqui no estado”.

Jaime Verruck

Em nota, a ANTT reforçou que a requalificação completa da malha, o que a tornaria 100% operacional, foi aprovado, mas que ainda não há previsão para a publicação do edital de relicitação.

Já Verruck garante que isso deve ocorrer até o meio do ano.

A Malha Oeste tem 1.623 quilômetros de extensão entre Mairinque (SP) e Corumbá (MS) e atravessa Mato Grosso do Sul passando por Três Lagoas e Campo Grande até chegar ao Pantanal.

A expectativa é que o edital de relicitação da Malha Oeste permita um investimento de R$ 18 bilhões em 60 anos.

Outros dois projetos que devem voltar a ser pauta nos próximos meses são as concessões da BR-163 e de rodovias do estado que formam a “Rota da celulose” – as rodovias BR-262, BR-267 e MS-040.

Segundo o secretário, a licitação da Rota da Celulose volta a mercado em para abril. “A BR-163 também tá nesses 90 dias para ser relicitada em abril”.

Confira nota da ANTT sobre a Malha Oeste na íntegra:

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informa que o relatório da Audiência Pública citada foi aprovado. O documento prevê a requalificação completa da malha, o que tornaria o trecho 100% operacional, de Mairinque (SP) a Corumbá (MS). Ainda não há previsão para publicação do edital.

Em paralelo, foi protocolado requerimento de consenso no Tribunal de Contas da União (TCU), que segue em andamento sob sigilo. Por esse motivo, seguindo a orientação do TCU, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não pode fornecer detalhes sobre o tema no momento.

Redação: Impacto Mais – Mirtes Ramos

Fonte: Portal Primeira Página

Foto: Bom Dia MS

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