Rota da Celulose em MS tem novo edital publicado
Está marcado para às 14h do próximo 8 de maio o leilão da Rota da Celulose. A abertura das propostas estava prevista para dezembro passado, mas precisou ser adiada por falta de interessados.
A concessão visa à recuperação, operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias nas BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395. A empresa que arrematar fica no comando por 30 anos.
A nova data foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) desta quinta-feira (30). O recebimento dos envelopes ocorre entre 10h e meio-dia de 5 de maio. O leilão será em São Paulo. Até lá, os trechos seguem na responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Detalhes
Ao todo, 870,4 quilômetros de rodovias da região leste de Mato Grosso do Sul serão entregues à iniciativa privada:
- BR-262 entre Campo Grande e Três Lagoas;
- BR-267 entre Nova Alvorada do Sul e Bataguassu;
- MS-040 entre Campo Grande e Santa Rita do Pardo;
- MS-338 entre Santa Rita do Pardo e entroncamento da MS-395;
- MS-395 entre o entroncamento da MS-338 e Bataguassu.
Para a concessão, a União delegou ao governo de Mato Grosso do Sul, em setembro, a administração e exploração dos trechos da BR-262 entre Campo Grande e Três Lagoas e da BR-267 entre Nova Alvorada do Sul e Bataguassu.
Os estudos de viabilidade contratados pelo EPE (Escritórios de Parcerias Estratégicas) do governo do estado apontam que serão implantados, na Rota da Celulose, 115 km de duplicações, 457 km de acostamentos, 251 km de terceiras faixas, 12 km de via marginal e 82 dispositivos em nível.
A concessão também inclui a prestação de serviços aos usuários por meio de 49 veículos operacionais, entre eles ambulâncias, socorro mecânico, guinchos, combate a incêndios, desobstrução de pistas e inspeção para controle do tráfego, apreensão de animais silvestres e Postos de Atendimento ao Usuário.
No fim de dezembro, o governador Eduardo Riedel (PSDB) chegou a comentar o adiamento do leilão e previu ajustes para deixar o projeto mais atrativo, sem alterar a estrutura do certame. Além disso, para ele, protelar a abertura das propostas teve um lado positivo, já que o momento da economia não era favorável.
“Não foi diminuído ou aumentado um quilômetro sequer de qualquer ação que venhamos fazer. Temos uma discussão em relação ao ‘timing’, por exemplo, da construção dos viadutos sobre as passagens de ferrovias. São seis, ao custo de R$ 50 milhões cada, totalizando R$ 300 milhões no Capex [despesa de capital] do projeto, e vamos jogar para frente, até porque a ferrovia não está operacional. Desse modo, ajudamos a reequilibrar o projeto para frente. Não é necessário, portanto, que seja no segundo ano do contrato, como estava previsto”.
Nesta quarta-feira (29), o governo explicou que o EPE revisou o projeto “incorporando alterações após reuniões de sondagens de mercado”. As principais alterações foram no cronograma de investimentos, contornos urbanos, marginais em trechos urbanos e na projeção de tráfego e da receita.
Redação: Impacto mais – Mirtes Ramos
Fonte: Portal Primeira Página
Foto: Saul Schramm/Governo MS