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Coordenadora do Procon de Miranda diz que Sanesul, Energisa e aposentados lideram reclamações no município

A coordenadora municipal da Coordenadoria Municipal de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon) de Miranda, Izamara Carvalho, afirmou que as reclamações dos consumidores mirandenses se concentram em torno da Energisa, da Sanesul e de aposentados, vítimas de abusos praticados por financeiras e seguradoras.

Izamara Carvalho assumiu a Coordenadoria do Procon em Miranda no mês de agosto e na manhã desta quarta-feira, 1, esteve em Campo Grande, oportunidade em que visitou a sede do Grupo Impacto Mais de Comunicação e foi entrevistada pelo radialista Eli Sousa no programa “Bronca do Eli”.

Ela contou que, ao assumir o cargo, todos os processos ainda eram todos manuais.

A primeira ação foi modernizar o sistema e hoje o Procon já está integrado ao programa Pró-Consumidor.

“Para realizar esse processo, nós ofereceremos curso de capacitação a todos os servidores e hoje a Coordenadoria já está integrada às demais congêneres e ao Procon Estadual pelo programa Pró-Consumidor” informou Izamara.

Ela afirmou que, com apoio do Procon Estadual, em dezembro deverá acontecer “uma trilha em Miranda” que terá por objetivo informar toda a população, todos os consumidores e, fornecedores do município. “Vamos às escolas, aos fornecedores, aos consumidores em geral ofertando palestras para esclarecer dúvidas” diz ela, acrescentando que a maioria da população não sabe de seus direitos.

Sobre o atendimento aos povos originários radicados na aldeias, Izamara diz que no momento são os indígenas que estão indo procurar a Coordenadora que está localizada na antiga Estação Ferrovia, à Rua Firmo Dutra, com atendimento das 07h00 às 13h00, de segunda a sexta-feira.

Ela esclarece que os consumidores podem obter informações também pelo telefone 3242-3273 ou pela Internet, através do e-mail procon@miranda.ms.gov.br, por meio do qual podem ser feitas denúncias e reclamações.

A coordenadora adianta que já trabalha na elaboração de um projeto para atender os indígenas diretamente nas aldeias, levando-lhes orientações e informações sobre seus direitos.

IMAGEM DO CONSUMIDOR – A coordenadora do Procon de Miranda também abordou as muitas reclamações sobre cobranças de dívidas mediante constrangimento ou amaça, atos que são proibido pelo artigo 42 do Código do Consumidor.

“Quando o cidadão deve alguma coisa, ele não pode ser exposto ao ridículo e nem ser submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça” esclarece Izamara. Segundo ela, o consumidor não pode ser cobrado no local de trabalho, sendo humilhado em público. Para evitar este tipo de atitude existe a Justiça que é o local apropriado para resolver estas demandas.

ENERGISA – Izamara também comentou o abuso cometido pela Energisa que corta o fornecimento de energia do cidadão e ainda manda seu nome para o cartório de protesto, fazendo com que o consumidor, depois de pagar a conta, ainda tenha de gastar no cartório para resgatar o crédito de seu nome.

Segundo Izamara, o Procon de Miranda participou de uma palestra com a presença do superintendente da Agência Nacional de Energia Elétrica, sendo que nessa palestra ficou a expectativa de futuramente o consumidor não ter mais seu nome protestado por atrasar o pagamento da conta de luz.

Para Izamara esse é um caminho que o Procon de Miranda está trilhando. “Estamos caminhando para que futuramente o consumidor não seja protestado, mas se ocorrer de ter seu nome enviado ao protesto que ele não precise mais pagar para reabilitar seu nome” esclareceu.

Izamara disse que as empresas campeãs de reclamações no Procon de Miranda são a Energisa e a Sanesul. Anda, conforme ele, os aposentados também aparecem na ponta de lista dos que mais reclamam. Eles são prejudicados diariamente pelas financeiras e pelas seguradoras.

APOIO A BODOQUENA – Nem todos os municípios de Mato Grosso do Sul possuem a Coordenadoria Municipal de Orientação e Defesa do Consumidor. Bodoquena, cidade vizinha de Miranda, é uma dessas cidades em que a população se encontra desguarnecida em relação aos abusos contra os consumidores.

Diante dessa realidade, Izamara afirmou que manteve uma conversa com o prefeito Kusuto Hori sobre a possibilidade de firmar um convênio entre o Procon de Miranda e o município de Bodoquena para atender a população do município.

O acordo foi firmado e o Procon de Miranda vai iniciar o atendimento aos consumidores de Bodoquena que deverão se deslocar a Miranda para receber orientação.

Bodoquena está localizada a 55 quilômetros de Miranda.

COMO TER O PROCON – Questionado sobre como devem agir as autoridades de um município para conseguir instalar uma Coordenadoria Municipal do Procon/MS, ela afirmou que o prefeito deve fazer contato com a Superintendência Estadual do Procon e formular o pedido. “É preciso fazer um convênio porque o custo é alto” explica ela.

A Coordenadoria também pode ser criada por meio de uma lei municipal formulada pelo Executivo e aprovada pelo Poder Legislativo.

MIRANDENSE – Nascida e criada no município de Miranda, Izamara diz que trabalhou por três anos no setor jurídico da administração municipal. “Aí o prefeito me chamou e me fez a proposta para que eu trabalhasse no Procon, tomasse frente da Coordenadora do Procon e eu de pronto aceitei” conta, acrescentando que o prefeito lhe pediu que atendesse os consumidores da cidade com carinho porque havia muitos problemas na área.

O trabalho de Izamara já rende frutos e reconhecimento. “Já recebi uma moção de aplausos pelo trabalho realizado no Procon local” conta. A iniciativa de reconhecer o trabalho de Izamara foi do vereador Jorginho.  

FALTA O DECRETO – Finalizando a entrevista Izamara disse que em Miranda não existe ainda um decreto regulamentando as atividades do Procon Municipal. Existe apenas a lei que criou o órgão. Izamara já trabalha no sentido de preparar o decreto com a regulamentação de todas as atividades do Procon.

Atualmente, o Procon de Miranda funciona ligado ao Procon Estadual. “Entrei em contato com o Procon Estadual, porque tem que fazer um cadastro junto ao órgão esclarecendo quem está trabalhando, que os funcionários que são técnicos, entre outras informações. Está tudo legal e vamos continuar assim até que o decreto municipal regulamente nossas atividades” concluiu.

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