5 de outubro de 2024

“Há muito o que fazer por Campo Grande para torná-la cada vez mais bonita” afirma André Puccinelli

Ex-prefeito da Capital e ex-governador do Estado, Puccinelli foi entrevistado por Eli Sousa no programa “Bronca do Eli” e disse que é bom ser lembrado pela população

“Eu fico contente de ser lembrado pela população, pois é um sinal de que nós fizemos um bom trabalho juntamente com nossa equipe”. Com essa frase o ex-governador do Estado e ex-prefeito de Campo Grande, André Puccinelli (MDB), expressou sua satisfação em ver seu nome sendo aclamado a ser pré-candidato a prefeito de Campo Grande na eleição de outubro do próximo ano.

Puccinelli foi entrevistado por Eli Sousa no estúdio da Rádio Diamante FM, com retransmissão pelas demais emissoras do Grupo Impacto Mais de Comunicação e não fugiu da raia: respondeu a todos os questionamentos formulados pelo apresentador, inclusive algumas perguntas enviadas pelas redes sociais por ouvintes do programa.

André fez questão de creditar o sucesso de sua gestão à competência da sua equipe de assessoramento. “Eu gosto de dizer sempre que o prefeito, o governador ou presidente não fazem tudo sozinho. O gestor é a pessoa que comanda, mas é a equipe comandada por ele quem faz. E, hoje, se muitos se lembram dos nossos oito anos na Prefeitura é porque comandamos uma equipe competente”.

Ele afirmou não ter intenção de criticar “a nossa prefeita”, a quem considera uma boa moça, mas frisou que população está reclamando das vias de Campo Grande, de uma limpeza maior dos bairros e da saúde que também tem problemas. “Logicamente, mesmo com a gestão funcionando bem, sempre há como melhorar. Então eu entendo que ouvindo a voz do povo, como diz o ditado, se ouve a voz de Deus, e, portanto, há muito o que fazer por Campo Grande para torná-la cada vez mais bonita e melhor para nela vivermos” pontuou.

TRANSPORTE COLETIVO – O sistema integrado de transporte coletivo não foi concluído, segundo André Puccinelli que, quando prefeito, construiu quatro terminais de transbordo. As administrações que o sucederam, contudo, não concluíram o projeto de integração elaborado entre o final do século passado e os primeiros anos do século atual.

Ele lembrou que na época que assumiu a prefeitura havia um monopólio no transporte coletivo que era operado por quatro empresas cujo acionista principal de todas elas era o mesmo empresário. Foi aberta uma licitação e o serviço passou a contar com seis empresas. Hoje o sistema é operado por quatro empresas que representam um consórcio com retoques de monopólio.

O ex-prefeito também lembrou na legislação instituída durante seu mandato criando a exigência da renovação da frota de veículos disponibilizados para o transporte coletivo. “Com certeza muita gente ainda se lembra dos 108 ônibus desfilando pela Avenida Afonso Pena. Ônibus zero bala; 0 km, novinhos em folha. Isto aconteceu na mesma época em que chegaram os ônibus articulados” lembrou, acrescentando que na sua administração o tempo de utilização dos veículos caiu de 10 para o máximo de oito anos.

Para melhorar os serviços, André enumera algumas ações que ele considera importantes para atingir esse objetivo. “Uma boa fiscalização sobre o estado de todos os ônibus e o estado dos terminais, abrindo nova licitação para dar oportunidade às empresas que quiserem trabalhar em Campo Grande, desde que trabalhem corretamente e com eficiência”.

CAMPO GRANDE – Fazendo um Raio X de Campo Grande, Puccinelli relata que a Capital cresceu muito desde que ele deixou a Prefeitura em 2004, algo em torno de 250 mil novos habitantes, o que equivale a um pouco mais que uma Dourados. “Tenho andado nos bairros e vejo que alguns projetos pararam no tempo”.

Em sua época, ele relata que não havia mais registro de enchentes. Desde que saiu do cargo de prefeito, as enchentes voltaram a ocorrer por falta de manutenção dos córregos.  “Não estou falando só da atual administração, estou falando das várias administrações que ao longo do tempo descuidaram, não fiscalizaram a Norte-Sul que está explodindo, porque está caindo pedra dentro, está nascendo e crescendo árvores no meio do Rio Anhandui” denuncia.

Para o pré-candidato do MDB é preciso um plano de recuperação para evitar as enchentes. “Fiscalização, manutenção e novos projetos para que as águas escoem e não produzam enchentes” afirma.

HABITAÇÃO E INFRAESTRUTURA – Quando deixou o comando da Prefeitura em 31 em dezembro de 2004, Puccinelli entregou orgulhoso ao seu sucessor uma Campo Grande ostentando o título de única capital estadual do Brasil sem favelas. “Entreguei em Campo Grande sem favelas e hoje está entupida de favelas. Não cuidaram de construir casa, não cuidaram de fiscalizar para evitar invasões” enfatiza.

Além de um novo programa de desfavelamento, André cita que os bairros precisam de pavimentação asfáltica ao menos nas linhas de ônibus, momento em que lembra mais uma vez do final de sua segunda gestão ocasião em que passou o comando ao seu sucessor com todas as linhas de ônibus existentes naquela época asfaltadas.

Para ele é necessário fazer um plano de recuperação do asfalto, porque o asfalto de Campo Grande está velho. “Precisa recapear e além de recapear, precisa ser gerente e bom fiscalizador para que funcione” diz.

SAÚDE PÚBLICA – O sistema de saúde pública atual não atende às mais urgentes necessidades das famílias campo-grandenses, notadamente as das classes mais humildes. “Temos que cuidar melhor da saúde. Temos que voltar no nosso tempo. Entregamos a cidade com todos os centros de educação infantil com computadores novinhos para as crianças estudarem, isso em 1999” relata.

O pré-candidato a prefeito recorda orgulhoso que Campo Grande foi a primeira capital do país que teve todas as creches e todas as escolas-creches informatizadas com computadores para trabalhar em equipe. “É importante fiscalizar, modernizar, ir para cima do problema e não ficar esperando o salário cair na conta no fim do mês” ensina.

Para Puccinelli, o prefeito tem que andar na rua, tem que andar nos bairros, tem que ouvir o povo, tem que melhorar, tem que recapear, tem que cuidar da saúde, tem que fazer muita coisa e só se faz andando nos bairros e conhecendo as reais necessidades de nossos concidadãos”.

André volta a citar o vertiginoso crescimento de Campo Grande que está próxima de ultrapassar a barreira do seu primeiro milhão de habitantes. Com o crescimento, foram criadas as Unidades de Pronto Atendimento – as UPAs. E aí Puccinelli questiona: “De que adianta criar só o espaço físico, se você não tem o atendente em saúde, o farmacêutico, se não há o dentista e o médico?”.

Para André, é importante ter nos postos de saúde pública, uma equipe sintonizada e bem motivada, que trabalhe para a população. “Você vai nos postos de saúde e lá estão os problemas que aumentaram porque cresceu a população e o gestor ou gestores não foram atrás de ampliar o quadro de funcionários. Nem de fiscalizar para que eles cumpram bem sua atenção ao usuário. Falta eficiência na administração pública de Campo Grande”.

PRÉ-CAMPANHA – Em relação à sua pré-campanha à Prefeitura da Cidade Morena, Puccinelli explica que adesivos os já vistos em automóveis circulando pela Capital “são manifestações de alguns companheiros que insistem para que eu seja candidato”.

Sobre o assunto, o Italiano diz que talvez seja candidato, sem, porém, dizer que será candidato. “Estamos estudando, porque não adianta só eu querer, tem que o povo querer, tem que se montar uma boa equipe, porque não adianta só o André. O André teve a qualidade de montar no primeiro governo uma equipe toda nova que ninguém conhecia” conta ele.

À época muitos questionaram se “aquela gurizada” daria conta do serviço. “E deu!”, diz André recordando que a sua reeleição foi ganha no primeiro turno e todas as suas eleições seguintes para a Prefeitura e para o Governo foram no primeiro turno, fruto do trabalho em prol da população” frisa para enfatizar em seguida que está “com vontade de trabalhar, trabalhar e trabalhar”.

NOTA DO EDITOR – Confira amanhã a segunda parte da entrevista com o pré-candidato a prefeito de Campo Grande, André Puccinelli.

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