9 de dezembro de 2024

Pela primeira vez no Festival América do Sul, Catedral Clássica e Casarão Cultural integram programação musical

Foto: Jardel Tartari

Karina Lima

O Festival América do Sul 2023 traz ao público duas novidades na programação musical: a Catedral Clássica, que vai trazer uma programação voltada para a música clássica e instrumental, e o Casarão Cultural, com apresentação de músicos de outros estados do Brasil. Os shows começam na sexta-feira, dia 10 de novembro, às 9 horas, na Catedral Nossa Senhora da Candelária, com Tetê Espíndola e a Orquestra de Câmara do Pantanal. Ainda no dia 10, no Casarão Cultural, que acontece na sede do Muphan, apresenta-se o músico Lucas Gomes, de São Paulo.

No sábado, dia 11 de novembro, às 9 horas, é a vez da Orquestra Indígena e da Orquestra de Câmara de Santa Cruz, da Bolívia, na Catedral Nossa Senhora da Candelária, e às 8 horas, no Casarão Cultural, a sede do Muphan, apresentam-se os músicos Luiz Meira, de Santa Catarina, e Vanessa Moreno, de São Paulo. Para encerrar esta programação mais que especial, no dia 12, domingo, às 9 horas, apresentam-se na Catedral Nossa Senhora da Candelária o Côro Lírico Cant’Arte e a Orquestra Sinfônica de Campo Grande, e também o Papi Galan Trio.

A programação do Catedral Clássica foi feita pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul em conjunto com o maestro Eduardo Martinelli. “A equipe da Fundação de Cultura foi quem conseguiu colocar todas as coisas para funcionar bem. Inclusive, tomando o cuidado para termos atrações de outros países, nossos países vizinhos aqui sobretudo, o Paraguai e a Bolívia. O Festival está super bem representado, com uma turma orquestral vinda de Santa Cruz, um trio de harpa vindo de Assunción, todos eles com trabalhos muito significantes. O pessoal da Bolívia é um trabalho de relevância social e artística muito grande e o trabalho que vem do Paraguai é de um músico consagradíssimo que morou 30 anos na Europa trabalhando incessantemente”.

Para o maestro, a ideia de realizar o Catedral Clássica surge de uma necessidade. “Existem vários festivais de tamanha importância no Brasil que fazem isso e, a partir do momento que a gente enxerga que também temos condições de fazer, a gente na verdade encaixa as coisas. É democratizar mais o acesso à música, porque um Festival que traz artistas diversos, gêneros musicais de diversos países, quanto mais linguagens estiverem inseridas neste festival, mais se cumpre o objetivo da democratização do acesso à cultura, mais especificamente neste caso à música”, prossegue,

“A música de concerto no nosso Estado é uma realidade e já não cabe mais ficar de fora dessas programações. Temos o projeto do Moinho Cultural, que acontece em Corumbá e tem uma orquestra que se apresentou na Expo Dubai, um dos maiores eventos do mundo e vai estar aí tocando com a Tetê agora. Vamos para fora do Estado, para fora do País. Então, qual o sentido de não estarmos aqui nessa programação regional? Temos que estar, fazemos questão de estar. É uma necessidade que a realidade traz para a gente de poder colaborar, participar, e diversificar, incrementar, somar em um evento tão bacana como esse”.

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