Lendas de Brasília: Teatro Nacional é assombrado? Conheça histórias sobre prédio fechado há quase 10 anos
Fantasmas, instrumentos que tocam sozinhos e elevador que sobe e desce sem ninguém ativar são alguns dos rumores sobre espaço. Em comemoração ao aniversário da capital federal, g1 conta históricas ‘que caíram na boca’ do brasiliense.

Fantasmas, instrumentos que tocam sozinhos e elevador que sobe e desce sem ninguém chamar. Esses são alguns dos rumores que rondam o Teatro Nacional Cláudio Santoro, no Distrito Federal.
Em comemoração aos 63 anos da capital do Brasil, o g1 vai contar algumas lendas de Brasília que “caíram na boca” do povo. O autor do livro “Histórias de Brasília”, o publicitário João Carlos Amador, é quem conta sobre “as assombrações” no prédio projetado por Oscar Niemeyer.
Fechado há quase 10 anos, o Teatro Nacional está no imaginário do brasiliense. O monumento fica na Esplanada dos Ministérios – a menos de 5 km do Congresso Nacional – e foi inaugurado em 1966.
João Amador diz que “as lendas” começaram em 1989 quando o maestro Cláudio Santoro sofreu um infarto e morreu durante um ensaio com a Orquestra Sinfônica no local. Naquele mesmo ano, o monumento recebeu o nome do artista.
“Isso reforçou as histórias, principalmente as que envolvem fantasmas”, diz Amador.
Conheça as lendas sobre o Teatro Nacional
🩰 Bailarina que insiste em continuar se apresentando
Uma das histórias contadas por João é a de uma bailarina que participava de apresentações no Teatro Nacional e, após o espetáculo, costumava conversar com o público no estacionamento.
“Era uma mulher loira e muito bonita. Ela abordava as pessoas, se apresentava e dizia que tinha acabado de sair do teatro”, conta João Amador.
Um dia, uma dessas pessoas que conversava com a bailarina foi ao teatro e viu uma foto dela em um quadro. Intrigado, ele foi perguntar sobre a artista e descobriu que ela havia morrido há muitos anos, mas que, realmente, tinha feito parte do grupo que se apresentava no palco do Teatro Nacional.
🎻 Violinista que morreu no fosso do elevador
Uma outra história é a de um violinista que caiu no fosso do elevador do prédio e morreu. De acordo com João, após esse acidente, o equipamento começou a funcionar sozinho.
“Essa história sobre o elevador é contada por muitos funcionários, principalmente os vigias que trabalham à noite”, diz o escritor.
🎹 Pianista que nunca para de tocar
Entre os mitos sobre o Teatro Nacional, João diz que teve um que se confirmou: o de um piano que tocava sozinho todas as noites.
“A história era de que um fantasma insistia em usar o instrumento”, conta Amador.
No entanto, certa vez os funcionários que começaram a ouvir o piano criaram coragem e decidiram investigar. Quando chegaram perto do instrumento viram que o fantasma, na verdade, era um gato que entrava à noite no teatro e passava pelas teclas.
Portas fechadas
O Teatro Nacional fechou as portas em fevereiro de 2014, um mês depois que uma vistoria dos Bombeiros encontrou mais de uma centena de irregularidades, como goteiras, buracos no teto e falta de acessibilidade.
Desde então, o único espaço reaberto foi o foyer da sala Villa-Lobos, em dezembro de 2017. Logo no início da gestão de Ibaneis Rocha (MDB), em 2019, o governo argumentava que não tinha verba disponível para bancar a reforma do prédio.
Em maio daquele ano, o então secretário de Cultura, Adão Cândido, cancelou um edital do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), no valor de R$ 25 milhões, e anunciou a intenção do governo de usar parte da verba para financiar as obras do teatro.
A proposta era entregar a sala Martins Pena reformada no aniversário de 60 anos de Brasília. Mas o Tribunal de Contas proibiu o GDF de remanejar os recursos.
O início das reformas veio apenas no fim de 2022, em 20 de dezembro. O GDF investiu R$ 55 milhões nas obras, que começaram pela Sala Martins Pena. O prazo para finalização é de, pelo menos, 18 meses.
** Com informações do G1