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Saiba quem é o general Amaro, que aceitou convite de Lula para ser o novo ministro do GSI

Foto: reprodução

Douglas Porto, da CNN (São Paulo)

O general da reserva Marcos Antonio Amaro dos Santos aceitou, nesta quarta-feira (3), convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. A informação foi confirmada por um ministro do governo e por fontes que participaram do convite.

O convite acontece após a demissão do ex-ministro-chefe da pasta general Gonçalves Dias, que deixou o GSI em 19 de abril, após a divulgação de imagens que o mostram no Palácio do Planalto durante os ataques criminosos contra os Três Poderes em 8 de janeiro.

Integrantes das Forças Armadas classificam o militar como um homem calmo, ponderado e conciliador e acreditam que, por conta de seu perfil, pode ser a escolha ideal para o atual momento de reestruturação do GSI.

A escolha de Amaro para comandar a pasta representa uma derrota para uma ala de ministros e auxiliares do presidente que pregam uma desmilitarização do governo e um maior protagonismo de policiais federais e agentes de segurança pública.

Integram essa ala, entre outros, o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e a primeira-dama Janja da Silva.

Na semana passada, Lula se reuniu brevemente com o general antes de embarcar para sua primeira viagem para a Europa e apresentou a ele sua visão sobre a pasta.

O GSI perdeu duas de suas principais atribuições nos últimos meses. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) passou a responder à Casa Civil, chefiada pelo ministro Rui Costa.

Já a segurança do presidente e do vice-presidente deixou de ser feita exclusivamente por militares e passou a ser realizada majoritariamente por policiais federais subordinados à Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República.

Quem é o general Amaro

Marcos Antonio Amaro dos Santos nasceu em 25 de setembro de 1957 na cidade de Motuca, no interior de São Paulo. É filho de Joaquim Amaro dos Santos e de Iolanda Zanon.

Seu ingresso no Exército Brasileiro aconteceu em 4 de março de 1974, na Escola Preparatória de Cadetes, onde concluiu o curso em 1976. No ano seguinte, entrou para a Academia Militar das Agulhas Negras. Se formou em 1980, sendo declarado aspirante a oficial de Artilharia.

Amaro realizou os cursos de formação, aperfeiçoamento, altos estudos, política, estratégia e alta administração do Exército, além do básico de paraquedista e o de observador aéreo.

Nos Estados Unidos realizou os cursos de busca de alvos de artilharia e o avançado de artilharia de campanha.

Concluiu os MBAs em Excelência Gerencial com ênfase em Gestão Pública pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em sua vida militar serviu nas unidades militares de Artilharia em Jundiaí (SP), no Rio de Janeiro e em Olinda (PE). Retornou às Agulhas Negras como instrutor e executou a mesma função na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.

Como coronel comandou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército entre 2004 e 2005. De 2007 a 2010 foi chefe da Divisão de Inteligência do Centro de Inteligência do Exército.

Ao chegar ao generalato, liderou a 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Cuiabá.

Em 2015, com a reforma ministerial executada pela então presidente Dilma Rousseff (PT), o GSI perdeu o status de ministério e foi integrado à Secretaria de Governo. Na ocasião, ficou mantida exclusivamente a Casa Militar, que foi ligada à Presidência da República, com Amaro à frente. Anteriormente, foi secretário de Segurança Presidencial.

Depois assumiu a 3ª Divisão de Exército em Santa Maria (RS). Em 2018 se tornou secretário de Economia e Finanças do Exército.

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), em abril de 2020, assumiu a chefia de Estado-Maior do Exército. Em julho do mesmo ano passou a acumular a função de comandante militar do Sudeste.

O general Amaro foi para a reserva da força em janeiro deste ano.

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