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“Eu sempre disse que eu não tinha nenhum problema em minha vida pública”, afirma Marquinhos Trad

Em entrevista para o programa A Bronca do Eli, o ex-prefeito de Campo Grande e agora pré-candidato a vereador pelo PDT, Marquinhos Trad, falou sobre as acusações que o levaram a deixar o comando da prefeitura, o retorno à carreira política nas eleições deste ano, iniciando pela Câmara de Vereadores, e o silêncio da imprensa após o encerramento da ação penal que, segundo ele, acabou sendo abortada pela justiça.

“É necessário que nós reiniciemos. A vida é um início, reinício. A vida é uma construção, uma reconstrução. É necessário de ter um equilíbrio de opiniões, uma mistura de experiência, de qualidade técnica em tudo aquilo que a gente hauriu no caminhar da vida pública. A vida nos traz obstáculos que são necessários ultrapassá-los com humildade, com respeito, sem soberba e sempre olhando para o menos favorecido”.

Sobre a mudança de partido, Marquinhos explica que é um ato formal da justiça eleitoral. “Tive que migrar de partido e hoje a gente está na legenda número 12 do PDT em razão de alguns contratempos que nós tivemos no PSD. Antes de sairmos da prefeitura, a maioria das pessoas entendidas na ciência política do Estado falava para eu tomar cuidado com o que eu iria enfrentar, um grupo que é craque em destruir. Eles não sabem construir. Assim eles fizeram com o André, assim eles fizeram com o Bernal, assim eles fizeram com o juiz Odilon, e assim eles vão fazer com você ou com quem for para o segundo turno, caso eles também ultrapassem”, aponta o entrevistado.

“Eu sempre disse que eu não tinha nenhum problema em minha vida pública. E eles procuraram, foram atrás de atos, de licitação, de enriquecimento ilícito, não encontraram absolutamente nada, porque não teve, nem há de ter. E eles foram vasculhar vida pessoal, dentro de casa, na família, e ali eles também tiveram dificuldades e começaram a mentir, a enganar, a armar coisas que hoje a justiça já sepultou. Aliás, nem sepultou, porque abortou. Eles nem iniciaram, não teve ação. Foram trancados os inquéritos”.

Para Marquinhos, o que mais chama a atenção é o silêncio de boa parte da imprensa. “Aliás, quase a sua unanimidade, em não querer saber, por exemplo, dessas denunciantes que já estiveram na frente de uma magistrada, que já estiveram à frente do Ministério Público, e elas falaram como foi feito, por quem foi feito, na época em que foi feito e quem financiou. Elas deram nomes na frente da juíza, na frente de um promotor de justiça. Elas afirmaram: ‘olha, quem pagava a gente para mentir era fulano, ciclano e beltrano’. E até hoje ninguém divulgou nada”.

Sobre a vida familiar e o lado emocional, o pré-candidato a vereador cita que a mentira nunca prevaleceu sobre a verdade. “Não houve destruição. Machucaram, feriram, mas não mataram. Se acham que ainda não haverá uma voz de equilíbrio, pelo menos para que as pessoas conheçam e saibam como é a conduta daqueles que querem permanecer no poder, o que eles fazem para vencer uma eleição, o que eles teimam em continuar anos e anos no poder, agora a gente está vendo o modus operandi de todos eles”.

Conforme o entrevistado, a oposição não mede esforços para aglutinar o maior número possível de partidos e pessoas. “Se possível for, eles vão comprar todo mundo. Mas existem aqueles que resistem, e o Marquinhos Trad é um deles, talvez por isso incomodo tanto”.

Sobre a recepção dos eleitores ao visitar os bairros, ele revela: “boa parte ainda acha que eu sou o prefeito da cidade. Eu recebo até hoje inúmeras mensagens pedindo ajuda nisso ou naquilo. Outra boa parte dizendo, ‘volta Marquinhos, estamos com saudades de você, você recebia a gente no gabinete, andava nos bairros conosco. Hoje a gente passa ali na Afonso Pena e vê movimentações, insatisfações, que não tinham na sua época’. Exatamente isso que a gente sempre fez. Nós unimos a cidade, não tínhamos divergências”.

Questionado sobre o caixa da prefeitura ao deixar o cargo e sua relação com Adriane Lopes, ele afirma que deixou a casa em ordem. “Inclusive ela confessa isso daí. Mas existem pessoas que, não tendo o que falar, tendem a dizer que faltou lá atrás, ou que estava errado, ou que não participava, que vice não opinava nada. E não é verdade. Comandou sim, ao meu lado, o que para mim foi um orgulho. Não tenho nada a falar sobre Adriane. Eu indiquei a ela o comando da Secretaria de Assistência Social, e todos os funcionários públicos, quase 28 mil, aposentados ou não, reconhecem isso”.  

Segundo o ex-prefeito, as entregas realizadas atualmente pela prefeitura, já estavam planejadas na sua gestão. “Nos cinco anos a Adriane esteve ao meu lado, e tudo que hoje ela inaugura, entrega, como ela está dizendo: ‘vamos entregar mais duas mil casas’, isso já estava pronto. Inclusive, antes de nós apresentarmos a renúncia na Câmara de Vereadores, nós fizemos a apresentação de como estava Campo Grande e como seria nos próximos dois anos. Nós colocamos a cidade em dia e a população sabe disso. Tanto é que ela não teve dificuldade nenhuma de pagar o décimo terceiro, nunca atrasou o salário, porque estava em dia”.

Da Redação

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