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Em entrevista para A Bronca do Eli, Sandro Omar destaca relação entre desenvolvimento econômico e meio ambiente

Em entrevista para o Programa A Bronca do Eli, o engenheiro e advogado Sandro Omar, que atua como chefe de gabinete do deputado Vander Loubet, falou sobre sua trajetória dedicada ao estudo das questões culturais e movimentos sociais em Mato Grosso do Sul, desenvolvimento e meio ambiente.

“É um prazer finalmente estar contigo no seu programa, que tem um alcance muito grande em nosso Estado e a sua voz normalmente vem levando e trazendo contribuições que são de interesse da nossa sociedade, levando esses fatos e acontecimentos que importam para a resolução dos nossos conflitos, para a orientação do nosso dia-a-dia. Então, É uma honra e um prazer muito grande estar contigo aqui agora, nesse momento”.

Segundo Omar, a Educação é uma das maiores bandeiras que o cidadão pode possuir. “Sou uma pessoa que sempre se pautou muito pela instrução, sabe? Então essa é, inclusive, uma das maiores bandeiras que nós temos e possuímos enquanto cidadão, enquanto membro da sociedade. Eu tive a oportunidade de concluir um mestrado na área de letras, em que eu fiz um estudo sobre as questões de identidade, as questões culturais ao longo da Rota Bioceânica, mais especificamente na divisa de Porto Murtinho com Carmelo Peralta”, ressalta o pesquisador.

“Eu tive a oportunidade de concluir um MBA da FGV em gestão empresarial e estou, agora, um pouco mais velhinho, terminando o meu doutorado em linguística para me dedicar um pouco mais, de modo mais aprofundado, a essas questões culturais e sociais que os estudos da linguística nos permitem. Nessas áreas que vem sofrendo maiores impactos em termos de implantação de grandes empreendimentos, de grandes obras. Mato Grosso do Sul vive um novo momento nesse sentido”, comenta Omar.

Conforme o estudioso, MS é um estado relativamente novo e que vem recebendo um aporte significativo de recursos. “Isso é uma aposta que os grandes empresários vêm fazendo. E essa aposta não é gratuita. Nós lembramos que, desde a época do governo Zeca, a visão de mundo que os cidadãos e os governos do Mato Grosso do Sul passaram a ter, é uma visão mais empreendedora com o viés social. Então, isso vem permitindo esse interesse, vem destacando esse interesse e fundamentando esse interesse em termos de expansão dessas grandes empresas para cá”.

Durante a entrevista, ele também fala sobre sua amizade com o deputado Vander. “Quando eu falo do Vander, ele é mais do que um chefe, é mais do que um amigo, é como se fosse um irmão mais velho. É lógico que o Vander, enquanto parlamentar, precisa de uma assessoria para poder conduzir os trabalhos deles, do ponto de vista legislativo, orçamentário e de agendas. Nós somos apenas mais um colaborador nesse processo, num processo no qual eles dão muita liberdade para sugerir, para dialogar, para discutir e eu tenho a felicidade de ficar à frente de alguns processos que refletem em benefícios para a sociedade”.

Segundo Omar, o homem tem que ser visto não como um referencial em termos de geografia, ele tem que ser visto como parte de um todo. “Nós estávamos recentemente em um evento em que uma juíza comentou que hoje já existe um estudo muito avançado no sentido de que haveria uma legitimidade ativa para a propositura de ações por parte do meio ambiente e por parte dos demais seres, dos animais, enfim. Esse é um grande avanço sob o ponto de vista jurídico, porque o homem, em termos de geografia humana, ele faz parte desse todo, desse complexo. Aí vem a questão da licença ambiental, a questão dos impactos ambientais”.

Ele acrescenta ainda que o meio ambiente não pode ser pensado como objeto de resolutividade para atender uma demanda ou um processo expansionista, no que diz respeito ao interesse econômico. “Então, o viés hoje passa a ser outro. E nesse sentido, eu lhe digo que, em termos ambientais, o Mato Grosso do Sul está muito bem calçado. Os nossos institutos de licenciamento aqui têm uma visão muito clara a respeito dessa posição dos grandes empreendimentos em relação à natureza, em relação ao meio ambiente”.

Para o advogado, a preocupação que vem emergindo atualmente diz respeito à questão dos impactos sociais. “Eu não tenho dúvida de que, sob o ponto de vista da economia, aonde esses grandes empreendimentos estão se instalando, como é o caso recente da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, haverá um incremento na renda per capita, haverá uma movimentação positiva na economia, haverá um ganho significativo em termos comunitários, mas até que essa equação convirja para um ponto de inflexão, nós passaremos alguns perrengues ali”, diz.

“Primeiro vem o dano, para depois entrar o recurso. Então nós temos um hiato aí que precisa ser melhor compreendido. E um dos campos que vem nos motivando a fazer um balizamento em termos dessa perspectiva, são os campos que são oriundos dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030”, acrescenta o pesquisador, frisando que a Agenda 2030 prevê uma situação não ideal, mas aceitável em termos de qualidade de vida, nível de emprego, participação social e ambiente sustentável.

“Então essa Agenda 2030 serve como um parâmetro para nós. Esses grandes empreendimentos já têm que se instalar e ter os seus projetos, seus planejamentos, voltados para esses indicadores da Agenda 2030”.

Confira a entrevista completa:

Texto e foto: Da Redação

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