Presidente do União Brasil Mulher e pré-candidata a vereadora, Michela Dutra fala sobre os desafios e anseios no meio político
Presidente do União Brasil Mulher e pré-candidata a vereadora, Michela Dutra fala sobre os desafios em frente ao cargo em entrevista exclusiva para o jornalista Eli Sousa. De acordo com ela, além de mostrar às eleitoras a importância da representação feminina em cargos políticos, é preciso levar mais mulheres para esse ambiente, incentivando o estudo e a capacitação na área.
“Eu trabalhei durante muitos anos como cantora e isso me fez estar mais perto das pessoas, e nos faz compreender que sem a política você não faz nada”, conta Michela, que além de suplente na câmara de vereadores, também é assistente social e gestora em políticas públicas.
“Tive o prazer de trabalhar com muita gente, muita gente que faz política boa, e aprender. Na última eleição não entramos por muito pouco. Agora assumi a União Brasil Mulher do Estado de Mato Grosso do Sul, ao lado da Rose. O maior desafio é fazer com que as mulheres compreendam a necessidade e que nós somos a maioria em votos”, afirma a entrevistada.
Segundo Michela, pesquisas apontam que 58% do voto da população é feminino. “E nós ainda não temos muitas mulheres trabalhando, com desejo e vontade, estudando e capacitando-se para a política. Então, além de eleger as nossas mulheres, fazer uma bancada feminina boa, competente, segura, e que sabe o que está fazendo, o maior desafio é trazer essas mulheres para dentro da política. Fazê-las acreditar que a política também foi feita para as mulheres, que ela pode estar nesse ambiente”, aponta.
“Hoje nós temos apenas uma vereadora em Campo Grande, no universo de 29 vereadores. Uma mulher ali, sentada, tentando trabalhar, lutando. Quer dizer, a nossa representatividade é muito pequena”, acrescenta a pré-candidata. Agora, como presidente do União Brasil Mulher, ela tem a missão de cuidar dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, no segmento mulher.
“Eu tenho essa missão dada pela nossa presidente estadual, que é a Rose Modesto, de organizar os municípios até que chegue a convenção. Chegando, eu me afasto do cargo para ser pré-candidata. Nós temos oito mulheres no União Brasil, boas, fortes, mulheres aguerridas, que estão pretendendo entrar nessa chapa para serem vereadoras também aqui em Campo Grande”, comenta Michela, que é idealizadora do projeto “Ajude-nos a Ajudar”.
“Esse projeto tem mais de 10 anos aqui na capital. Nós temos amigos e parceiros que nos doam alimentos, cestas básicas. O Ceasa é um dos nossos grandes apoiadores. Nós fazemos a coleta, a seleção, e entregamos para os nossos polos aqui em Campo Grande. Há mais de 10 anos nós fazemos isso com as nossas famílias. Temos muita gente carente aqui ainda”, frisa.
Questionada sobre os anseios da população, Michela diz que muitas pessoas demonstram indignação com a realidade na Capital e em algumas cidades do interior. “Eles desejam uma mudança, mas uma mudança de verdade. Eu ouço da população que nós queremos verdadeiramente experimentar o novo. Alguém que nunca esteve à frente da prefeitura de Campo Grande. Isso sem desfazer de quem já fez. Quem já fez, passou, fez, muito obrigado, foi muito bom. Quem não conseguiu fazer, a população entende que é o momento de não estar mais lá, o que é óbvio. Se a sua empresa não estiver correndo bem na mão de um gerente, você dificilmente vai deixar esse gerente ali tentando administrar”.
Em relação à mulher na política, Michele pontua que a população vai apostar nelas este ano. “Eu costumo dizer que este ano é o ano da mulher, que ela fará a diferença. Falando de mulher em geral, não só no União Brasil, mas os outros partidos de Mato Grosso do Sul vão e devem apostar nas mulheres, para que a Câmara de Vereadores tenha uma bancada de 6, 7, 8, 9 mulheres entre os 29”.
Confira a entrevista na íntegra:
Da Redação
