Para curtir pesca liberada, tem até quem comemora aniversário no rio
Depois de meses de espera, os pescadores finalmente vão aproveitar o fim de semana nos rios de Mato Grosso do Sul
O empresário Jhon Menon, de 32 anos, em uma das últimas pescas do ano passado (Foto: Arquivo Pessoal)
Vivian Krajewski e Geisy Garnes
Primeira Página/CG
Depois de meses de espera, os pescadores finalmente vão aproveitar o fim de semana nos rios de Mato Grosso do Sul. A Piracema chegou ao fim na quarta-feira (28) e agora, a pesca nas bacias hidrográficas dos rios Paraná e Paraguai volta a ser permitida; um dos momento mais esperados do ano para quem não troca a pescaria por nada, nem por festa de aniversário.
O empresário Jhon Menon, de 32 anos, é um dos apaixonados por pesca. Ele faz aniversário no dia 1° de março e quase todos os anos a festa de comemoração é nos rios do estado. Nesta sexta-feira, não será diferente.
“Aqui em casa a gente comemora com a abertura da pesca. Então, de vários anos a gente sai para pescar no meu aniversário e eu falo que eu ganho presente todo ano. Às vezes pode até não pegar um peixe, mas eu digo que só de estar ali em contato com a natureza eu acho já é fantástico, sensacional”.Jhon Menon
Jhon conta que a paixão pela pesca vem desde a infância, passada de geração em geração.
“Desde os meus avós que passaram com meus pais, esse amor e eu desde muito pequeno estou seguindo nessa toada e eu falo que é o esporte que eu sou apaixonado, não simplesmente só por chegar lá e pescar, mas pelo estilo de vida mesmo. Você está conectado com a natureza, eu falo que até você parar um pouquinho para ouvir, você está ali ouvindo o que está ao seu redor, os pássaros, os bichos, eu acho incrível. E a pescaria em si é aquela emoção, você pegar um peixe, aquele troféu, você pegar aquele peixe que está naquela ansiedade e de repente você atinge seu objetivo e nossa, não tem sensação melhor, aquela emoção. A pescaria te proporciona isso. Você tirar um tempo para sair da cidade, dar uma desligada, eu acho que é isso que renova nossa arte. Nossa alma, né?”.Jhon Menon
É por isso que desde o começo da semana Jhon está com tudo preparado: licenças tiradas, carteirinha separada e equipamentos prontos. “Sexta-feira, mais tardar sábado, a gente já está na beira do rio”.
Do dia 5 de novembro de 2023 até o dia 28 de fevereiro, a temporada de pesca ficou proibida para garantir a reprodução das espécies nativas; entre elas o dourado, o jaú, o pintado e piracanjuba.
A primeira modalidade de pesca liberada no estado foi a pesque e solte, no dia 1° de fevereiro.
Segundo a PMA (Polícia Militar Ambiental), durante os meses de piracema, período em que as fiscalizações foram intensificadas, foram emitidos 32 autos de infração e apreendidos 849 quilos de pescado. Essas autuações representam um número maior que o ano passado, que registrou 24 autos de infração.
A tenente Eveny Parrella, chefe da assessoria de comunicação do 1° Batalhão de Polícia Militar Ambiental detalha os flagrantes.
“Um pouco desse aumento se deve também a ocorrência destaque que teve na região de Aquidauana. Logo no início do período de defesa um cidadão postou uma pesca que ele tinha realizado a captura de vários exemplares de pintado, foi um trabalho bem interessante da polícia ambiental em parceria com a Polícia Civil, onde houve todo um levantamento de dados, usando até as mídias sociais. foi feito um trabalho de investigação, na verdade, em parceria com outros órgãos, como foi dito, para poder chegar até esse autor”.
Apesar de a pesca estar liberada, é necessário ficar atento às normas ambientais para que a diversão não se transforme em aborrecimento.
As principais orientações para os pescadores é que observem a cota de pescado do estado que se manteve igual do ano passado, um exemplar de pescado de espécie nativa e mais cinco piranhas, além de obedecer aos tamanhos mínimos e máximos. Os petrechos permitidos para pesca madura continua sendo a linha de mão, caniço simples, caniço com molinete e carretilha”.
Também é preciso prestar atenção com os locais onde a pesca é proibida:
- Menos de 200 metros de olhos d’água nascente
- Menos de 1.500 metros de montante a jusante de barragens e empreendimentos
- Menos de 1.000 metros de linhais
- Menos de 200 metros de lançamento de efluentes hidrelétricos ou de abastecimento público
- Menos de 200 metros a montante jusante de cachoeiras e corredeiras