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Em Maracaju, vereadores afastados reassumem cargo e suplentes acompanham sessão na galeria da Casa

Suplentes acompanharam sessão na primeira fila da galeria da Câmara Municipal _ Hosana de Lourdes

Uma cena inusitada aconteceu na manhã desta segunda-feira, 24, em Maracaju: com o retorno dos oito vereadores afastados pela justiça no final de dezembro passado, a sessão ordinária que ocorre semanalmente às segundas-feiras contou com a presença de 21 vereadores: os oito que recuperaram o cargo e os oito suplentes que deixaram de ser vereadores e acompanharam a sessão na galeria da Casa.

Foram afastados, inicialmente por 60 dias os vereadores élio Albarello (MDB), Laudo Sorrilha (PSDB), Robert Ziemann – presidente da Câmara -, Nenê da Vista Alegre (MDB), Catito (PSDB), Nego do Povo (MDB), Joãozinho Rocha (MDB) e Jeferson Lopes (Patriota).

Posteriormente, o Judiciário determinou o afastamento por mais 60 dias e, na última sexta-feira, 21, o juiz da Comarca de Maracaju entendeu que o retorno dos vereadores até então afastados do caro aos seus cargos não colocaria mais risco às investigações.

Com o retorno dos titulares aos postos, deixaram a Câmara de Vereadores de Maracaju, os seguintes suplentes que exerceram a função por mais de quatro meses: Daniel Ruiz (DEM) – 1° Suplente; Célio Franco de Oliveira (MDB) – 1° Suplente; Rudimar Oliveira Lautert (MDB) – 3° Suplente; Maria das Graças Alves de Lima (MDB) – 4° Suplente; Nelson José dos Santos (PSDB) – 1° Suplente; Rosane Jung (PSDB) – 2° Suplente e Adilson Batista dos Santos, 5º suplente que assumiu a vaga do 2º suplente, Vergílio de Banca (MDB) que era vereador na legislatura passada e também foi relacionado na lista dos suspeitos de participar do suposto esquema de corrupção.

OPERAÇÃO – Na primeira quinzena de dezembro, a Dracco – Delegacia de Combate ao Crime Organizado – desenvolveu a Operação Dark Money para apurar um possível desvio de mais de R$ 23 milhões através de um esquema criminoso que utilizava contas clandestinas, abertas em nome da prefeitura, sem conhecimento dos órgãos de controle.

Na terceira operação, nomeada como “Mensalinho”, foi deferida a suspensão do mandato de 8 dos 11 vereadores investigados que sofreram, também medidas cautelares como o sequestro e indisponibilidade dos bens dos investigados.

De acordo com a operação, os valores recebidos por cada vereador variavam, até mesmo de acordo com a influência e participação de cada um na gestão. Em apenas um ano, os pagamentos identificados aos vereadores chegam a R$1.374.000,00.

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