Agronegócio teme prejuízos com alta do dólar diante do Plano Safra 2024/25
Setor se preocupa com impacto da valorização da moeda americana nos custos de produção, apesar do aumento nos recursos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou ontem (3) o Plano Safra 2024/25 para a agricultura empresarial e familiar, com R$ 475,56 bilhões em recursos disponíveis para financiamentos. Embora o valor represente um aumento de 9% em relação ao ano anterior, o agronegócio demonstra preocupação com a alta do dólar.
De acordo com Débora Oliveira, analista da CNN Brasil, o setor teme prejuízos financeiros devido ao impacto da valorização da moeda americana nos custos de produção.
Custo de insumos
Segundo o especialista Aledelara, da Pine Agronegócio, o setor ainda precisa comprar 45% dos fertilizantes e 70% dos defensivos para as safras de verão, a serem plantadas a partir de setembro. Com o dólar cotado a R$ 5,66 na quarta-feira, esses insumos ficam mais caros.
Além disso, caso o dólar despenque em janeiro de 2024, quando a safra atual começar a dar retorno, a margem de lucro pode ser reduzida devido aos altos custos iniciais de produção.
Necessidade de financiamento
O agronegócio depende de planos como o Plano Safra para subsidiar e financiar as safras antecipadamente. Porém, mesmo com os recursos anunciados, a alta do dólar pode tornar os valores insuficientes para as necessidades do setor.
Alguns produtores também criticam o discurso do governo, alegando que declarações contra o setor econômico contribuem para a valorização do dólar e impactam negativamente os custos de produção.
De Brasília